O TEMPO VOA, ESCORRE PELAS MÃOS ...
quinta-feira, 19 de junho de 2014
QUESTÕES DE CONCURSOS IDECAN/EBSERH
QUESTÕES
DE CONCURSOS IDECAN/EBSERH
Para
responder às questões de 1 a 4, leia o texto abaixo.
Médicos
estrangeiros
João
Medeiros Filho*
Mais
uma vez em pauta a discussão em torno da importação de médicos estrangeiros ou
formados no exterior. Não poderíamos nos abster de reiterar nosso
posicionamento sobre matéria tão relevante. Hoje somos mais de 380 mil médicos
no País, o que nos coloca na 5ª colocação no mundo, em números absolutos.
Temos
197 escolas, perdendo apenas para a Índia (1,2 bilhão de hab.), superando a
China (1,3 bilhão de hab.) e os Estados Unidos que detêm, respectivamente, 150
e 134 faculdades.
Nossa
pequenina Paraíba, com uma população de cerca de 3,8 milhões de almas, conta
com 6 escolas médicas e, pelo menos, mais 2 em fase de implantação – um
recorde, com certeza.
Formam-se
por ano, aproximadamente, 16500 esculápios no Brasil e 500 a 600, em nosso meio.
Como se não bastasse, a Presidente Dilma Rousseff anunciou recentemente a
intenção de criar mais 4500 vagas anuais para medicina.
Será
que precisamos trazer profissionais do exterior? E como seria a revalidação de
diploma desses profissionais, via decreto? Faltam médicos em nosso meio?
Não
existe ainda um consenso em relação ao número ideal de médicos/ habitante.
Pesquisa realizada pelo CFM/CREMESP evidenciou que no Brasil tal coeficiente é
de 1,95/1000, o que nos remete ao patamar de diversos países de 1º. mundo, a
exemplo do Canadá e dos Estados Unidos. Temos, sim, má distribuição dos profissionais,
que se concentram nas grandes cidades e capitais, por falta de políticas
públicas que priorizem a interiorização do médico.
Em
João Pessoa, onde pontificam mais de 3000 esculápios, a relação é de 4/1000, o
dobro da média nacional; no entanto, mais de 15% das equipes da ESF não dispõem
de médicos, devido a diversos fatores, entre os quais, a falta de condições
adequadas de trabalho e de segurança, a fragilidade do vínculo trabalhista e a
baixa remuneração. Não é importando médicos que vamos corrigir tal distorção.
Não
cultivamos a xenofobia, mas defendemos a revalidação dos diplomas estrangeiros
nos moldes do REVALIDA, que é aplicado anualmente pelo MEC. Precisamos, sim,
garantir a qualificação profissional daqueles que pretendem atuar em nosso
País, em defesa da população menos favorecida, para que não incorramos no erro
de oferecer uma assistência médica pobre, de 2ª categoria, para o pobre.
*presidente do
CRM-PB
1)
Considere as afirmações abaixo.
I.
O
autor posiciona-se contra a vinda de médicos estrangeiros porque temos médicos
em quantidade suficiente para atender a toda a população, bem distribuídos pelo
território nacional.
II.
O
autor considera que são necessárias políticas que estimulem a interiorização
dos médicos.
Está
correto o que se afirma em:
a)
somente I
b)
somente II
c)
I e II
d)
nenhuma
2)
Considere as afirmações abaixo.
I.
O autor considera que o atendimento médico no Brasil é equivalente ao de países
desenvolvidos, como Canadá e Estados Unidos.
II.
O autor mostra-se contrário ao anúncio da presidente em criar mais vagas em
universidades para a medicina.
Está
correto o que se afirma em
a)
somente I
b)
somente II
c)
I e II
d)
nenhuma
3)
Considere as afirmações abaixo.
I.
A partir dos substantivos xenofobia e consenso, formamos os adjetivos
xenofóbico e consensual.
II.
A partir do adjetivo relevante, formamos o substantivo relevação.
Está
correto o que se afirma em:
a)
somente I
b)
somente II
c)
I e II
d)
nenhuma
4)
Assinale a alternativa em que o termo destacado está corretamente substituído
pelo pronome.
Não
cultivamos a xenofobia.
a)
Não cultivamos-a.
b)
Não lhe cultivamos.
c)
Não a cultivamos.
d)
Não cultivamo-na.
5)
Considere as orações abaixo.
I.
A maioria das pessoas que trabalham na empresa está satisfeita.
II.
Devem haver outros meios para se resolver este problema.
A
concordância está correta em
a)
somente I
b)
somente II
c)
I e II
d)
nenhuma
6)
Assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas.
O
prazo foi _______________ e a inscrição será de 16 _____ 20 de outubro.
a)
extendido – a
b)
extendido – à
c)
estendido – à
d)
estendido – a
7)
Considere o período e as afirmações abaixo.
O
médico que realizou a cirurgia do presidente, declarou que ainda é necessário algumas
precauções.
I.
Há um problema de concordância.
II.
A vírgula está empregada de forma incorreta.
Está
correto o que se afirma em
a)
somente I
b)
somente II
c)
I e II
d)
nenhuma
8)
Assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas.
Se
você __________ amanhã, __________ realizar o exame.
a)
vim – poderá
b)
vier – poderá
c)
viesse – pode
d)
vir – pode
Para
responder às questões 9 e 10, leia a letra da música abaixo.
Linha
Tênue
Maria
Gadu
Todo
lugar que chego, você não fica
Tudo
o que eu te peço, você não dá
Se
dou opinião, você implica
Toda
vez que ligo você não está
Por
que fazer questão deste jogo duro?
De
me mostrar o muro a nos dividir?
Seu
coração de fato está escuro
Ou
por de trás do muro
Tem
mais coisa aí?
Toda
vez que passo você não nota
Eu
conto uma lorota você nem ri
Me
faço fina flor vem e desbota
Me
boto numa fria não socorre
Eu
cavo um elogio isso nem te ocorre
A
indiferença escorre fria a me ferir
Será
porque você não me suporta?
Ou
dentro desta porta
Tem
mais coisa aí
Entre
o bem e o mal a linha é tênue, meu bem
Entre
o amor e o ódio a linha é tênue também
9)
Assinale a alternativa que indica a figura de linguagem que predomina nos
versos abaixo.
Entre
o bem e o mal a linha é tênue, meu bem
Entre
o amor e o ódio a linha é tênue também
a)
Ironia
b)
Eufemismo
c)
Antítese
d)
Metonímia
10)
Considere as afirmações abaixo.
I.
A licença poética permite que alguns versos sejam iniciados
por
próclise, o que contraria a norma culta.
II.
Há uniformidade no tratamento do interlocutor a quem se
dirige
o eu-lírico da música.
Está
correto o que se afirma em
a)
somente I
b)
somente II
c)
I e II
d)
nenhuma
Gabarito:
1 B – 2 D – 3 A – 4 C – 5 A – 6 D – 7 C – 8 B – 9 C – 10 A
quarta-feira, 29 de janeiro de 2014
VERBOS NOVOS E HORRÍVEIS
Não,
por favor, nem tente me disponibilizar
alguma coisa, que eu não quero. Não aceito nada que pessoas, empresas ou
organizações me disponibilizem. É uma questão de princípios. Se você me oferecer, me der, me vender, me emprestar, talvez eu venha a topar. Até
mesmo se você tornar disponível, quem sabe, eu aceite. Mas, se você insistir em
disponibilizar, nada feito.
Caso
você esteja contando comigo para operacionalizar
algo, vou dizendo desde já: pode ir tirando seu cavalinho da chuva. Eu não
operacionalizo nada para ninguém e nem compactuo com quem operacionalize. Se
você quiser, eu monto, eu realizo, eu aplico, eu ponho em operação.
Se você pedir com
jeitinho, eu até implemento, mas operacionalizar, jamais.
O
quê? Você quer que eu agilize isso
para você? Lamento, mas eu não sei agilizar nada. Nunca agilizei. Está lá no
meu currículo: faço tudo, menos agilizar. Precisando, eu apresso, eu priorizo, eu
ponho na frente, eu “dou um gás”. Mas agilizar, desculpe,
não posso, acho que matei essa aula.
Outro
dia mesmo queriam reinicializar meu
computador. Só por cima do meu cadáver virtual. Prefiro comprar um computador
novo a reinicializar o antigo. Até porque eu desconfio que o problema não seja
assim tão grave. Em vez de reinicializar, talvez seja o caso de simplesmente reiniciar, e pronto.
Por
falar nisso, é bom que você saiba que eu parei de utilizar. Assim, sem mais nem menos. Eu sei, é uma atitude um tanto
radical da minha parte, mas eu não utilizo mais nada. Tenho consciência de que
a cada dia que passa mais e mais pessoas estão utilizando, mas eu parei. Não
utilizo mais Agora só uso. E recomendo. Se você soubesse como é mais
elegante, também deixaria de utilizar e passaria a usar.
Sim,
estou me associando à campanha nacional contra os verbos que acabam em
"ilizar". Se nada for feito, daqui a pouco eles serão mais numerosos
do que os terminados simplesmente em "ar".
Todos
os dias, os maus tradutores de livros de marketing e administração disponibilizam
mais e mais termos infelizes, que imediatamente são operacionalizados pela
mídia, reinicializando palavras que já existiam e eram perfeitamente claras e
eufônicas.
A
doença está tão disseminada que muitos verbos honestos, com currículo de ótimos
serviços prestados, estão a ponto de cair em desgraça entre pessoas de ouvidos
sensíveis. Depois que você fica alérgico a disponibilizar, como vai admitir,
digamos, "viabilizar"? É triste demorar tanto tempo para a gente se
dar conta de que "desincompatibilizar" sempre foi um palavrão.
Precisamos
reparabilizar nessas palavras que o pessoal inventabiliza só para
complicabilizar. Caso contrário, daqui a pouco nossos filhos vão pensabilizar
que o certo é ficar se expressabilizando dessa maneira. Já posso até ouvir as
reclamações: "Você não vai me impedibilizar de falabilizar do jeito que eu
bem quilibiliser". Problema seu.
Me inclua fora dessa.
(Ricardo Freire)
Quanto vale a sua palavra?
(1) Depois de alguns meses viajando pelo mundo,
cheguei a uma conclusão: nossa palavra (e quando digo ‘nossa’ incluo a grande
maioria dos brasileiros) está valendo menos do que a palavra dos cambojanos,
tailandeses, vietnamitas e indonésios.
(2) Hoje, temos o péssimo hábito de prometer só da
boca pra fora uma lista infindável de pequenas coisas: “Te ligo mais tarde
hoje!”, “Amanhã volto pra comprar!”, “Passo na sua casa às 8 em ponto!”,
“Segura essa oferta que o carro é meu!!”. E não ligamos mais tarde, não
voltamos para comprar, chegamos com 40 minutos de atraso e não voltamos para
comprar o carro que ficou reservado. E, pra piorar a situação, também não
ligamos para justificar, avisar, cancelar ou explicar.
(3) É triste ter que admitir que muitos de nós, e eu
me incluo nisso, falamos por falar! Parece que esse comportamento é mais fácil
do que assumir o desinteresse, as meias vontades e até um atraso real.
(4) No mundo corporativo não é diferente. Quantas
vezes escutamos: “Em 5 minutos te entrego esse relatório”, e o relatório só vem
no dia seguinte; “Preciso desses números pra ontem!”, e o prazo é para a
próxima semana; “Amanhã quero todos aqui mais cedo para uma reunião
importante”, e quem marcou se atrasa. Assim, tanto no universo “pessoal” como
no corporativo a coisa está na mesma, o ciclo do “da boca pra fora” já está
virando um hábito, e aqueles que são firmes em suas palavras estão ficando
literalmente ilhados num mundo de falsas expectativas ou ilusões.
(5) Foi no Camboja que minha ficha caiu, e a lição foi
dada por uma mocinha muito simples vendedora de roupas típicas numa barraca de
rua. Gostei de uma peça, mas fiquei na dúvida se devia ou não comprá-la. Olhei,
revirei a peça e a devolvi para mocinha, dizendo da boca pra fora: “amanhã
passo aqui de novo e levo”. Ela me olhou de modo triste e retrucou: “ontem uma
moça como você disse a mesma coisa e reservei o dia todo a peça pra ela, mas
até agora ela não veio; acho que não vai cumprir sua palavra. Eu sei que você
vai acabar fazendo o mesmo.” Ela disse isso sem querer ofender, falou o que seu
coração sentia. Como cambojana, ela vem de um povo que dá valor a tudo aquilo
que se diz, como em geral fazem povos de muitos países asiáticos que conheci
durante a viagem.
(6) Saí de lá pensando no número de vezes que, para
evitar dizer um ‘não’ ou me livrar mais rápido de uma situação, falei o que deu
na cabeça, sem realmente perceber que aquilo que dizia não tinha valor.
(7) Depois de vivenciar outras situações entre povos
que mantêm aquilo que dizem e só proferem algo quando têm a certeza de que
podem cumprir, cheguei à conclusão de que o mundo dos que têm palavra é mais
motivador, mais simples, mais fácil e mais gostoso de se viver, pois basta
acreditar naquilo que se escuta e falar aquilo em que se acredita, nada mais… E
você, qual é o valor da sua palavra?
01.
De modo global, no Texto 1, a autora apresenta:
A)
uma dúvida. D) uma solução.
B) uma constatação. E) um equívoco.
C)
um temor.
02.
O Texto 1 reforça a imagem do brasileiro como um povo que:
A)
costuma esconder a verdade.
B)
não acredita facilmente em ninguém.
C)
não tem habilidade para fazer negócios.
D)
tem o hábito de chegar atrasado.
E) normalmente, não cumpre o que fala.
03.
Segundo as informações do Texto 1, no universo corporativo, as pessoas:
A)
tendem a cumprir as promessas feitas, porque o que está em jogo é o seu
emprego.
B)
demonstram maior preocupação com a palavra que empenham umas às outras.
C)
são ainda mais infiéis a sua palavra, devido à forte competitividade desse
universo.
D) costumam reproduzir o comportamento que têm no mundo pessoal,
quanto ao que falam.
E)
a fidelidade à palavra empenhada é condição para a manutenção do emprego.
04.
“Foi no Camboja que minha ficha caiu.”
(5º parágrafo).
Com
essa afirmação, o leitor deve entender que, no Camboja, a autora:
A) conscientizou-se do seu comportamento.
B)
passou a discordar da atitude de todos.
C)
adotou o comportamento dos cambojanos.
D)
ouviu várias críticas à atitude dos brasileiros.
E)
percebeu que sempre cumpria o que falava.
05.
“Parece que esse comportamento é mais fácil do que assumir o desinteresse, as
meias vontades e até um atraso real.” (3º parágrafo). Com esse trecho, a
autora:
A)
demonstra certeza do que diz.
B)
compara informações opostas.
C) apresenta uma hipótese.
D)
revela convicção do que afirma.
E)
introduz a consequência de um fato.
06.
Analisando a organização do Texto 1, podemos perceber que ele apresenta as
seguintes características:
1)
uma voz narrativa que fala em primeira pessoa.
2)
a opção por uma linguagem técnica e formal.
3)
presença de trechos entre aspas, em discurso direto.
4)
uma estrutura sintática difícil, rebuscada e erudita.
Estão
corretas:
A)
1, 2, 3 e 4. D) 1, 2 e 4,
apenas.
B)
2, 3 e 4, apenas. E) 1 e 3, apenas.
C)
1 e 4, apenas.
07.
“falei o que deu na cabeça, sem realmente
perceber que aquilo que dizia não tinha valor.” (6º parágrafo)
Para
manter o sentido desse trecho, o termo destacado pode ser substituído por:
A) de fato D) contudo
B)
ademais E) somente
C)
por isso
08.
Considerando as diferentes classes das palavras, analise os enunciados a
seguir.
1)
“Depois de alguns meses viajando pelo mundo, cheguei a uma conclusão”.
2)
“É triste ter que admitir que muitos de nós falamos por falar!”
3)
“e a lição foi dada por uma mocinha muito simples vendedora de roupas
típicas numa barraca de rua.”
4)
“Como cambojana, ela vem de um povo que dá valor a tudo aquilo que se diz”.
Os
segmentos sublinhados têm valor de adjetivo nos enunciados:
A)
1 e 2, apenas. D) 1, 2 e 3,
apenas.
B) 3 e 4, apenas. E) 1, 2, 3 e 4.
C) 2, 3 e 4, apenas.
Depois
de alguns meses viajando pelo mundo, cheguei a uma conclusão: nossa palavra (e
quando digo ‘nossa’ incluo a grande maioria dos brasileiros) está valendo menos
do que a palavra dos cambojanos,
tailandeses, vietnamitas e indonésios.
09.
Sobre a pontuação do trecho acima, assinale a alternativa correta.
A)
Os dois pontos foram utilizados com a função de introduzir uma citação literal.
B)
Os parênteses cumprem a função de distinguir duas vozes narrativas, no texto.
C)
A primeira vírgula (após a palavra “mundo”) sinaliza uma pausa longa,
equivalente a um ponto.
D)
O ponto final, após o termo “indonésios”, equivale a reticências, já que a
ideia não é concluída.
E) As vírgulas após a palavra “cambojanos” têm a função de separar
os itens de uma sequência.
1 B – 2 E – 3 D – 4. A – 5 C –
6 E – 7 A – 8 B – 9 E)
Uma das curiosidades que aprendi sobre o vinho:
O VINHO aguça nossos
05 sentidos. A cor vermelha aguça a visão (adoro os vinhos tintos), o buque
aguça o olfato, por isso devemos sempre sentir seu odor antes de beber, o gosto
... indiscutível. Ao segurarmos as taças...aguçamos o tato...faltava a audição,
por isso brindamos. TIN TIN.
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