O TEMPO VOA, ESCORRE PELAS MÃOS ...

O TEMPO VOA, ESCORRE PELAS MÃOS ...
A LÍNGUA É MINHA MÁTRIA, É MINHA PÁTRIA ... (Caetano Veloso)

domingo, 24 de abril de 2011

MINUTOS DE SABEDORIA 82

Tenha bom ânimo e coragem: você vencerá todas as dificuldades! A vida apresenta-nos problemas às vezes difíceis. Mas dificuldade superada é problema resolvido. Jamais desanime: você há de vencer galhardamente todos os problemas que se lhe apresenta¬rem. Se o problema for complexo, divida-o em partes, e vença cada uma delas separadamente. Mas não desanime jamais!

terça-feira, 5 de abril de 2011

Acadêmicos do Tucuruvi de SP homenageia o NE

Escola de Samba Acadêmicos do Tucuruvi de SP homenageia o NORDESTE com o enredo:

“Oxente, o que seria da gente sem essa gente? São Paulo: capital do Nordeste”
(...)
Um sorriso é a moldura do meu traço cultural
Quando agente se encontra
A mistura é natural
Carrego na alma a bravura
E o orgulho de ser quem eu sou
(...)
Vou construindo ilusão
Erguendo os pilares da cidade
Deixando marcas da minha tradição
(...)
Esse gosto, esse tempero
É o gosto brasileiro

Fundada em 1976 por foliões do bairro do Tucuruvi. Cores oficiais: Vermelho, Amarelo, Azul e Branco

"Renovar é preciso... Pra que o viver seja possível"

DICIONÁRIO NORDESTINÊS


"Sua bagagem cultural você leva para sempre! Viaje por todo o Brasil!"
O NORDESTE é muito lindo, receptivo e paradisíaco.
E gostaria de dividir com vocês o nosso dicionário NORDESTINÊS. Os chamados regionalismos que fazem com que encontremos muitos "brasis" dentro de um só.
Abestalhado = Bobo
Afolozado = Largo
Aperreado = Preocupado
Apulso = Ato realizado à força
Arenga = Briga pequena
A toa = Sem destino
Avexado = Apressado
Bulir = Mexer em algo
Caba de Pêia = "Caba" (homem) Safado
Cagado = Quem tem sorte
Cachimbal = Zig-zig
Cambitos = Pernas finas
Catenga = lagartixa
Chumbrego = Namoro pesado (amassos)
Chimbra = Bola de Gude
Frouxo = Medroso
Galalau = Gente alta
Inhaca = Catinga de suor
Invocado = Com raiva
Liso = Sem dinheiro
Mangar = Rir dos outros
Maloqueiro = Desocupado
Maiá = utilizar indevidamente transporte público sem pagar.
Massa = Legal
Munganga = Performance ou Atitude de palhaço
Pantinho = Munganga
Pirangueiro = Mão de vaca, sovina
Quejo (estar no quejo) = uma pessoa que está sem namorar e sem ficar faz tempo (não é “queijo” a fala é quejo mesmo).
Roncha = Mancha de pancada
Veiaco (ou velhaco) = Quem não paga
Vôte = Sinal de espanto
Xôxo = Quem é franzino (pequeno e magro)

segunda-feira, 4 de abril de 2011

COISAS DA VIDA (Clarice Lispector)


Só para os mais importantes...
Já escondi um amor com medo de perdê-lo,
Já perdi um amor por escondê-lo...
Já segurei nas mãos de alguém por estar com medo,
Já tive tanto medo, ao ponto de nem sentir minhas mãos.
já expulsei pessoas que amava de minha vida,
Já me arrependi por isso...
Já passei noites chorando até pegar no sono,
Já fui dormir tão feliz,
Ao ponto de nem conseguir fechar os olhos...
Já acreditei em amores perfeitos,
Já descobri que eles não existem...
Já amei pessoas que me decepcionaram,
Já decepcionei pessoas que me amaram...
Já passei horas na frente do espelho
Tentando descobrir quem sou,
Já tive tanta certeza de mim,
Ao ponto de querer sumir...
Já menti e me arrependi depois,
Já falei a verdade
E também me arrependi...
Já fingi não dar importância a pessoas que amava,
Para mais tarde chorar quieto em meu canto...
Já sorri chorando lágrimas de tristeza,
já chorei de tanto rir...
Já acreditei em pessoas que não valiam a pena,
Já deixei de acreditar nas que realmente valiam...
Já tive crises de riso quando não podia...
Muitas vezes deixei de falar o que penso para agradar uns,
Outras vezes falei o que não pensava para magoar outros...
já fingi ser o que não sou para agradar uns,
Já fingi ser o que não sou para desagradar outros...
Já senti muito a falta de alguém,
Mas nunca lhe disse...
Já gritei quando deveria calar,
Já calei quando deveria gritar...
Já contei piadas e mais piadas sem graça,
Apenas para ver um amigo feliz...
Já inventei histórias de final feliz
Para dar esperança a quem precisava...
Já sonhei demais,
Ao ponto de confundir com a realidade...
Já tive medo do escuro,
Hoje no escuro "me acho, me agacho, fico ali"...
Já caí inúmeras vezes
Achando que não iria me reerguer,
Já me reergui inúmeras vezes
Achando que não cairia mais...
Já liguei pra quem não queria
Apenas para não ligar para quem realmente queria
já corri atrás de um carro,
por que ele levar alguém que eu amava embora.
Já chamei pela mãe no meio da noite
Fugindo de um pesadelo,
Mas ela não apareceu
E foi pesadelo maior ainda...
Já chamei pessoa próximas de "amigo"
E descobri que não eram;
Algumas pessoas nunca precisei chamar de nada
E sempre foram e serão especiais para mim...
Não me dêem fórmulas certas,
Porque eu não espero acertar sempre...
Não me mostre o que esperam de mim,
Porque vou seguir meu coração!
Não me façam ser o que eu não sou,
Não me convidem a ser igual,
Porque sinceramente sou diferente!...
Não sei amar pela metade,
Não sei viver de mentiras,
Não sei voar com os pés no chão...
Sou sempre eu mesma,
mas com certeza não serei a mesma para sempre...
Com o tempo aprendi que o que importa não é o que você tem na vida, mas QUEM você tem na vida...
E que bons amigos são a família que nos permitem escolher...
Gosto de cada um de vocês de um jeito especial e único...
Beijos

sexta-feira, 1 de abril de 2011

HISTÓRIA DA ARTE – 2º ANO

BARROCO
A arte barroca originou-se na Itália (séc. XVII) mas não tardou a irradiar-se por outros países da Europa e a chegar também ao continente americano, trazida pelos colonizadores portugueses e espanhóis.
As obras barrocas romperam o equilíbrio entre o sentimento e a razão ou entre a arte e a ciência, que os artistas renascentistas procuram realizar de forma muito consciente; na arte barroca predominam as emoções e não o racionalismo da arte renascentista.
É uma época de conflitos espirituais e religiosos. O estilo barroco traduz a tentativa angustiante de conciliar forças antagônicas: bem e mal; Deus e Diabo; céu e terra; pureza e pecado; alegria e tristeza; paganismo e cristianismo; espírito e matéria.
Suas características gerais são:
• Emocional sobre o racional; seu propósito é impressionar os sentidos do observador, baseando-se no princípio segundo o qual a fé deveria ser atingida através dos sentidos e da emoção e não apenas pelo raciocínio.
• Buscam de efeitos decorativos e visuais, através de curvas, contracurvas, colunas retorcidas;
• Entrelaçamento entre a arquitetura e escultura;
• Violentos contrastes de luz e sombra;
• Pintura com efeitos ilusionistas, dando-nos às vezes a impressão de ver o céu, tal a aparência de profundidade conseguida.
PINTURA
Características da pintura barroca:
• Composição assimétrica, em diagonal - que se revela num estilo grandioso, monumental, retorcido, substituindo a unidade geométrica e o equilíbrio da arte renascentista.
• Acentuado contraste de claro-escuro (expressão dos sentimentos) - era um recurso que visava a intensificar a sensação de profundidade.
• Realista, abrangendo todas as camadas sociais.
• Escolha de cenas no seu momento de maior intensidade dramática.
Dentre os pintores barrocos italianos:
Caravaggio - o que melhor caracteriza a sua pintura é o modo revolucionário como ele usa a luz. Ela não aparece como reflexo da luz solar, mas é criada intencionalmente pelo artista, para dirigir a atenção do observador.
Obra destacada: Vocação de São Mateus.
Andrea Pozzo - realizou grandes composições de perspectiva nas pinturas dos tetos das igrejas barrocas, causando a ilusão de que as paredes e colunas da igreja continuam no teto, e de que este se abre para o céu, de onde santos e anjos convidam os homens para a santidade.
Obra destacada: A Glória de Santo Inácio.
A Itália foi o centro irradiador do estilo barroco. Dentre os pintores mais representativos, de outros países da Europa, temos:
Velázquez - além de retratar as pessoas da corte espanhola do século XVII procurou registrar em seus quadros também os tipos populares do seu país, documentando o dia-a-dia do povo espanhol num dado momento da história.
Obra destacada: O Conde Duque de Olivares.
Rubens (espanhol) - além de um colorista vibrante, se notabilizou por criar cenas que sugerem, a partir das linhas contorcidas dos corpos e das pregas das roupas, um intenso movimento. Em seus quadros, é geralmente, no vestuário que se localizam as cores quentes - o vermelho, o verde e o amarelo - que contrabalançam a luminosidade da pele clara das figuras humanas.
Obra destacada: O Jardim do Amor.
Rembrandt (holandês) - o que dirige nossa atenção nos quadros deste pintor não é propriamente o contraste entre luz e sombra, mas a gradação da claridade, os meios-tons, as penumbras que envolvem áreas de luminosidade mais intensa.
Obra destacada: Aula de Anatomia.

ESCULTURA
Suas características são: o predomínio das linhas curvas, dos drapeados das vestes e do uso do dourado; e os gestos e os rostos das personagens revelam emoções violentas e atingem uma dramaticidade desconhecida no Renascimento.
Bernini - arquiteto, urbanista, decorador e escultor, algumas de suas obras serviram de elementos decorativos das igrejas, como, por exemplo, o baldaquino e a cadeira de São Pedro, ambos na Basílica de São Pedro, no Vaticano.
Obra destacada: A Praça de São Pedro, Vaticano e o Êxtase de Santa Teresa.
Para seu conhecimento
Barroco: termo de origem espanhola ‘Barrueco’, aplicado para designar pérolas de forma irregular.

Fonte: www.historiadaarte.com.br

REALISMO NATURALISMO

Realismo / Naturalismo (1881 – 1882)

O Realismo é uma reação contra o Romantismo:

O Romantismo era a apoteose do sentimento; - o Realismo é a anatomia do caráter. É a crítica do homem. É a arte que nos pinta a nossos próprios olhos - para condenar o que houve de mau na nossa sociedade.
(Eça de Queirós)

O realismo é o estilo literário que constituiu uma reação ao sentimentalismo romântico e que, no Brasil, se desenvolveu nos últimos vinte anos do século XIX. Em vez de belas paisagens, ambientes luxuosos e sofisticados, personagens elegantes, temos em foco uma população anônima e marginalizada da sociedade carioca do século XIX. Promiscuidade, vida miserável, pobreza e a luta pela sobrevivência – eis os novos aspectos da realidade social que começam a ter lugar na literatura. No Brasil, o início do Realismo é marcado pela publicação em 1881, de dois romances: “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, de Machado de Assis, e “o Mulato”, de Aluísio de Azevedo.
Nas obras de alguns autores realistas, podemos distinguir certas características que definem uma tendência que foi chamada de Naturalismo. Os escritores naturalistas, influenciados pelas ciências experimentais da época, viram o ser humano como um simples produto biológico cujo comportamento era resultado da ação de social e da hereditariedade. Caberia ao escritor, portanto, armar, em sua obra, uma certa situação experimental e agir como um cientista; descrever as reações sem nenhuma interferência de ordem moral ou pessoal.
No Brasil, os principais escritores realistas são:
Machado de Assis
Joaquim Maria Machado de Assis, nasceu no Rio de Janeiro, em 1839, onde morreu, em 1908. Trabalhou como tipógrafo e revisor, tornando-se, ainda bem jovem, colaborador da imprensa da época. Casou-se em 1868 com Carolina Xavier de Novais, companheira que muito e estimulou na carreira literária. Foi também o primeiro presidente da Academia Brasileira de Letras, que ajudou a fundar em 1897. É o melhor escritor brasileiro do século XIX. Machado de Assis destacou-se principalmente no romance e no conto, embora tenha escrito também poesias – Crisálidas, Falenas, Américas, Ocidentais, crônicas e peças teatrais. Exerceu ainda a crítica literária tendo escrito alguns trabalhos importantes, como Instituto de Nacionalidade, A nova geração e outros.
Machado de Assis, nosso grande escritor, ultrapassou tanto as barreiras sociais bem como físicas. Era míope, gago e sofria de epilepsia.
Seus romances mais conhecidos são: Dom Casmurro, Memórias Póstumas de Brás Cubas, Esaú e Jacó, Memorial de Aires, Quincas Borba, Helena e A Mão e a Luva.
Seus contos mais conhecidos são “A cartomante”, “O espelho”, “Teoria do medalhão”, “Conto de escola”, “Pai contra mãe” ...
Aluisio de Azevedo
É considerado o mais típico escritor naturalista da literatura brasileira. Suas obras mais conhecidas são: O mulato, O cortiço e Casa de pensão.

Raul Pompéia – escreveu o romance naturalista O Ateneu.
Adolfo Caminha, Um dos principais representantes do naturalismo no Brasil, sua obra, densa, trágica e pouco apreciada na época. Escreveu: A Normalista, Bom Crioulo.
Domingos Olimpio - Luzia-Homem (1903), O Almirante (1906), Uirapuru (1906)