O TEMPO VOA, ESCORRE PELAS MÃOS ...

O TEMPO VOA, ESCORRE PELAS MÃOS ...
A LÍNGUA É MINHA MÁTRIA, É MINHA PÁTRIA ... (Caetano Veloso)

quinta-feira, 31 de março de 2011

LITERATURA BRASILEIRA - QUINHENTISMO - 1º ANO

QUINHENTISMO (1500 a 1601)

O Quinhentismo foi vivido no Brasil em meio ao “descobrimento” e aos interesses da exploração de riquezas materiais. Não se pode falar, propriamente, em Literatura Brasileira, uma vez que os textos da época somente atendem ao ponto de vista do colonizador, pois todos os autores (e potenciais leitores) são europeus. Além disso, predominam na época os relatos de viagem, textos informativos, de caráter documental e, portanto, com maior valor histórico do que literário. Mesmo assim, esses textos são chamados de Literatura de Informação.

O Quinhentismo, fase da literatura brasileira do século XVI, tem este nome pelo fato das manifestações literárias se iniciarem no ano de 1.500, época da colonização portuguesa no Brasil. A literatura brasileira, na verdade, ainda não tinha sua identidade, a qual foi sendo formada sob a influência da literatura portuguesa e européia em geral. Logo, não havia produção literária ligada diretamente ao povo brasileiro, mas sim obras no Brasil que davam significação aos europeus. No entanto, com o passar dos anos, as literaturas Informativa e dos Jesuítas, foi dando lugar a denotações da visão dos artistas brasileiros.
Na época da colonização brasileira, a Europa vivia seu apogeu no Renascimento, o comércio se despontava, enquanto o êxodo rural provocava um surto de urbanização. Enquanto o homem europeu se dividia entre a conquista material e a espiritual (Contra-Reforma), o cidadão brasileiro encontrava no quinhentismo semelhante dicotomia: a literatura informativa, que se voltava para assuntos de natureza material (ouro, prata, ferro, madeira) feita através de cartas dos viajantes ou dos cronistas e a literatura dos jesuítas, que tentavam inserir a catequese.
A carta de Pero Vaz de Caminha, escrita entre 26 de abril e de 1º de maio de 1500, tinha como objetivo informar ao rei de Portugal o descobrimento e relatar-lhe as peculiaridade do novo território. É tida como uma espécie de “certidão de nascimento” do Brasil (expressão que adere ao ponto de vista do colonizador). Na verdade, é o primeiro retrato de nossa terra e, mesmo passados mais de quinhentos anos, ainda é bastante revelador de marcas profundas na formação da nossa identidade enquanto povo. Ela traz a referida dicotomia claramente expressa, pois valoriza as conquistas e aventuras marítimas (literatura informativa) ao mesmo tempo em que a expansão do cristianismo (literatura jesuíta).
Tudo na Carta é descrito nos mínimos detalhes. Repare como o índio é analisado como mais um elemento integrante da natureza exótica do local:
A feição dele é parda, algo avermelhado; de bons rostos e bons narizes. Em geral, são bem feitos. Andam nus, sem cobertura alguma. Não fazem o menor caso de cobrir ou mostrar suas vergonhas, e nisso são tão inocentes como quando mostram o rosto. Ambos traziam os beiços de baixo furado e metido nele um osso branco, do comprimento de uma mão travessa e de grossura de um fuso de algodão.
Na verdade, a atmosfera edênica fascina os portugueses, e esse registro na carta começa a forjar uma imagem do Brasil associada à liberdade sexual. Observe o excerto abaixo:
Ali andavam entre eles três ou quatro moças, muito novas e muito gentis, com cabelos muito pretos e compridos, caindo pelas espáduas, e suas vergonhas tão altas e tão cerradinha e tão limpas da cabeleiras que, de as muito bem olharmos, não tínhamos nenhuma vergonha.
A Carta de Caminha é apenas o primeiro capítulo de nossa viagem pela formação cultural, mas certamente suas marcas podem ser percebidas até hoje.
A literatura dos jesuítas tinha como objetivo principal o da catequese. Este trabalho de catequizar norteou as produções literárias na poesia de devoção e no teatro inspirado nas passagens bíblicas.
José de Anchieta é o principal autor jesuíta da época do Quinhentismo, viveu entre os índios, pelos quais era chamado de piahy, que significa “supremo pajé branco”. Foi o autor da primeira gramática do tupi-guarani e também de várias poesias de devoção.
O homem europeu do século XVI, especificamente o português, tinha duas preocupações distintas: uma material, resultante da política das Grandes Navegações e que visava o lucro decorrente da exploração das terras recém descobertas; e outra espiritual, resultante do movimento da contra-reforma, ou seja, da tentativa de a Igreja Católica reconquistar os indivíduos que se converteram ao protestantismo.
Essas duas preocupações básicas fizeram com que a literatura feita no Brasil naquele período se manifestasse de duas formas: a primeira, de caráter puramente informativo, conhecida como literatura de informação, levava a Portugal as novidades sobre as riquezas do Brasil; já a segunda, de aspecto doutrinário, também conhecida literatura dos jesuístas, voltada para a catequese do povo indígena.
Em seu primeiro século de "vida" o Brasil foi visitado por muitos viajantes e missionários europeus. Muitos deles colheram informações sobre a terra e seus habitantes. Esses relatos, por possuírem pouca importância literária, estão relacionados a crônica histórica e, por isso, são classificados como literatura de informação ou como literatura dos cronistas e viajantes. A primeira e mais importante dessas obras foi a Carta de Pêro Vaz de Caminha, escrivão da frota de Pedro Álvares Cabral, endereçada a el-rei Rei D. Manuel. Nela Caminha mostra claramente as duas preocupações que atormentavam o povo português da época, ou seja, a conquista de bens materiais e o aumento do número de fiéis adeptos ao Catolicismo.
As obras e autores que merecem destaque são os seguintes:
- Armada de Pedro Álvares Cabral
- Diário de Navegação (1530) de Pêro Lopes e Sousa, escrivão do grupo colonizador liderado por Martim Afonso de Sousa;
- Tratado da Terra do Brasil e a História da Província de Santa Cruz a que Vulgarmente Chamamos de Brasil (1576) de Pêro Magalhães de Gândavo;
- Tratado Descritivo do Brasil (1587) de Gabriel Soares de Souza;
- Os Diálogos das Grandezas do Brasil (1618) de Ambrósio Fernandes Brandão.

Na literatura brasileira é possível encontrar milhares de textos que, sob diversos aspectos, retratam o Brasil. O primeiro desses textos é a Carta de Pêro Vaz de Caminha endereçada a D. Manuel, rei de Portugal. Essa Carta, “considerada a certidão de nascimento do Brasil”, revela a primeira impressão que o homem europeu teve de um mundo novo, habitado por pessoas diferentes e com costumes estranhos.
Assim, seu caráter puramente informativo, não permite que se fale em literatura do Brasil, mas sim em uma literatura informativa feita pelos portugueses sobre o Brasil.
Apesar da descoberta do Brasil ter ocorrido em 1500, Portugal só demonstrou interesse pela nova terra algum tempo depois, quando começou a enviar expedições para a nova terra com o objetivo de colher informações sobre a sua fauna, flora e de seus nativos.
Nessa época, o fato de predominar, nos meios literários portugueses, o Classicismo, também conhecido como Quinhentismo, fez com que toda a literatura informativa sobre o Brasil ficasse também conhecida como Quinhentismo Brasileiro.

A Literatura Jesuítica
Paralelamente à literatura de informação, acontecia no Brasil a literatura dos jesuítas. Os jesuítas chegaram ao Brasil junto com os primeiros colonizadores e sua missão, conseqüente da Contra-Reforma, era catequizar os indígenas. Esteticamente, a literatura dos jesuítas foi a melhor produção literária feita no Brasil na primeira fase do Brasil-colônia. Os jesuítas, nesse perído de catequização dos índios cultivaram:
- a poesia didática - que tinha o objetivo de dar exemplos moralizantes aos indígenas;
- a poesia sem finalidade catequizadora - relacionada a necessidade de individual de expressão;
- o teatro pedagógico - baseado em textos extraídos da Bíblia; e as cartas de informação - relatavam, aos líderes da Igreja Católica Portuguesa, como iam os trabalhos de catequese no Brasil.
Os representantes mais importantes da Literatura Jesuítica foram os padres José de Anchieta, Manuel da Nóbrega e Fernão Cardim.

Atividade

01. Que período abrange a literatura de informação no Brasil?
02. Que é literatura de informação?
03. Os textos dessa época demonstram preocupação literária?
04. Que importância tiveram esses textos em nossa literatura?
05. Cite alguns autores e obras dessa época?
06. Cite algumas paisagem da carta de Pero Vaz de Caminha em que ele demonstra espírito observador e detalhista.
07. Como é a linguagem da Carta de Pero Vaz de Caminha?

“O tempo é algo que não volta atrás,portanto plante seu jardim e decore sua alma ao invés de esperar que alguém lhe mande flores.”
(William Shakespeare, dramaturco inglês, 1564 – 1616)

quarta-feira, 23 de março de 2011

PREVISÕES PARA HOJE

Hoje você terá um dia cheio de sorte , sucesso, amor, paz , prosperidade , alegrias, hoje você terá um grande aumento na tua produtividades , pois você está com a tua saúde melhor do que nunca , você terá grandes supressas pois, EUzinha, teus filhos, teus pais, parentes e amigos vão dizer a você que você é o ser humano mais iluminado que DEUS colocou na vida de cada um deles e que sem você nenhum deles poderia existir e portanto todos são gratos por você ser este anjo de luz que veio brilhar e aquecer a vida de cada um deles!!

QUANDO


Quando for amar,
Ame o mais profundo que puder...
Quando for falar,
Fale somente o necessário...
Procure sorrir com os olhos também!
Quando pensar em desistir,
Não desista...
Quando quiser se declarar a alguém,
Faça isso sem medo do que essa pessoa pensará de você...
Quando sonhar,
Sonhe bem alto...Bem longe...
Quando for partir,
Não diga "Adeus"...
Diga que foi tudo MARAVILHOSO...
Quando abraçar alguém,
Abrace com carinho...
E diga o que realmente sente dentro desse coração lindo