O TEMPO VOA, ESCORRE PELAS MÃOS ...

O TEMPO VOA, ESCORRE PELAS MÃOS ...
A LÍNGUA É MINHA MÁTRIA, É MINHA PÁTRIA ... (Caetano Veloso)

domingo, 18 de dezembro de 2011

PORTUGUÊS & CIA: Pós-Modernismo

PORTUGUÊS & CIA: Pós-Modernismo

Pós-Modernismo


O Pós-Modernismo se insere no contexto dos extraordinários fenômenos sociais e políticos de 1945. Foi o ano que assistiu o fim da Segunda Guerra Mundial e o início da Era Atômica com as explosões de Hiroshima e Nagasaki. O mundo passa a acreditar numa paz duradoura. Cria-se a Organização das Nações Unidas (ONU) e, em seguida, publica-se a Declaração dos Direitos do Homem. Mas, logo depois, inicia-se a Guerra Fria.
Paralelamente a tudo isso, o Brasil vive o fim da ditadura de Getúlio Vargas. O país inicia um processo de redemocratização. Convoca-se uma eleição geral e os partidos são legalizados. Apesar disso, abre-se um novo tempo de perseguições políticas, ilegalidades e exílios.
A literatura brasileira também passa por profundas alterações, com algumas manifestações representando muitos passos adiante; outras, um retrocesso. O jornal "O Tempo", excelente crítico literário, encarrega-se de fazer a seleção.
Intimismo - A prosa, tanto nos romances como nos contos, aprofunda a tendência já trilhada por alguns autores da década de 30 em busca de uma literatura intimista, de sondagem psicológica, introspectiva, com destaque para Clarice Lispector.
Ao mesmo tempo, o regionalismo adquire uma nova dimensão com a produção fantástica de João Guimarães Rosa e sua recriação dos costumes e da fala sertaneja, penetrando fundo na psicologia do jagunço do Brasil Central.
Na poesia, ganha corpo, a partir de 1945, uma geração de poetas que se opõe às conquistas e inovações dos modernistas de 1922. A nova proposta foi defendida, inicialmente, pela revista "Orfeu", cujo primeiro número é lançado na "Primavera de 1947" e que afirma, entre outras coisas, que "uma geração só começa a existir no dia em que não acredita nos que a precederam, e só existe realmente no dia em que deixam de acreditar nela."
Essa geração de escritores negou a liberdade formal, as ironias, as sátiras e outras "brincadeiras" modernistas. Os poetas de 45 partem para uma poesia mais equilibrada e séria, distante do que eles chamavam de "primarismo desabonador" de Mário de Andrade e Oswald de Andrade. A preocupação primordial era quanto ao restabelecimento da forma artística e bela; os modelos voltam a ser os mestres do Parnasianismo e do Simbolismo.
Esse grupo, chamado de Geração de 45, era formado, entre outros poetas, por Lêdo Ivo, Péricles Eugênio da Silva Ramos, Geir Campos e Darcy Damasceno. O final dos anos 40, no entanto, revelou um dos mais importantes poetas da nossa literatura, não filiado esteticamente a qualquer grupo e aprofundador das experiências modernistas anteriores: ninguém menos que João Cabral de Melo Neto. Contemporâneos a ele, e com alguns pontos de contato com sua obra, destacam-se Ferreira Gullar e Mauro Mota.



AUTORES E OBRAS

1) Ariano Suassuna - (1927) Auto da compadecida; A pena e a lei; O santo e a porca (teatro)
2) Clarice Lispector (1925-1977) - Perto do coração Selvagem; O lustre; A maçã no escuro; Laços de família; A legião estrangeira; A paixão segundo G. H.; Água viva; A via crucis do corpo; A hora da estrela; Um sopro de vida
3) Ferreira Gullar (1930) - A luta corporal; João Boa-Morte; Dentro da noite veloz; Cabra marcado para morrer; Poema sujo (poesia)
4) Guimarães Rosa - (1908-1967) - Sagarana; Corpo de Baile; Grande Sertão: veredas; Primeiras estórias; Tutaméia; Terceiras estórias; Estas estórias
5) João Cabral de Melo Neto (1920) - Pedra do sono; O engenheiro; Psicologia da composição; Fábula de Anfion e Antiode; O cão sem plumas; O rio; Morte e vida severina; Uma faca só lâmina; Quaderna; A educação pela pedra; Auto do frade; Agrestes; Crime de la Calle relator
6) Lêdo Ivo - (1924) - O caminho sem aventura; A morte do Brasil; Ninho de cobra; As alianças; O sobrinho do general; A noite misteriosa (poesia); Use a passagem subterrânea (conto)
7) Nelson Rodrigues - (1912-1980) - Vestido de noiva; Perdoa-me por me traíres; Álbum de família; Os sete gatinhos; Viúva porém honesta; Bonitinha mas ordinária; A falecida; Boca de ouro; Beijo no asfalto; Toda nudez será castigada; A serpente (teatro); O casamento (romance).



A produção contemporânea




Produção contemporânea deve ser entendida como as obras e movimentos literários surgidos nas décadas de 60 e 70 e que refletiram um momento histórico caracterizado inicialmente pelo autoritarismo, por uma rígida censura e enraizada autocensura. Seu período mais crítico ocorreu entre os anos de 1968 e 1978, durante a vigência do Ato Institucional nº 5 (AI-5). Tanto que, logo após a extinção do ato, verificou-se uma progressiva normalização no país.
As adversidades políticas, no entanto, não mergulharam o país numa calmaria cultural. Ao contrário, as décadas de 60 e 70 assistiram a uma produção cultural bastante intensa em todos os setores.
Na poesia, percebe-se a preocupação em manter uma temática social, um texto participante, com a permanência de nomes consagrados como Carlos Drummond de Andrade, João Cabral de Melo Neto e Ferreira Gullar, ao lado de outros poetas que ainda aparavam as arestas em suas produções.

Visual - O início da década de 60 apresentou alguns grupos em luta contra o que chamaram "esquemas analítico-discursivos da sintaxe tradicional". Ao mesmo tempo, esses grupos buscavam soluções no aproveitamento visual da página em branco, na sonoridade das palavras e nos recursos gráficos. O sintoma mais importante desse movimento foi o surgimento da Poesia Concreta e da Poesia Práxis. Paralelamente, surgia a poesia "marginal", que se desenvolve fora dos grandes esquemas industriais e comerciais de produção de livros.

Ensina-nos a contar os nossos dias para que o nosso coração alcance sabedoria.
Salmos 90:12

O Modernismo - (segunda fase)


O Modernismo - (segunda fase)

Neo-Realismo (1930 a 1945)

Fase da literatura brasileira na qual os escritores retomam as críticas e as denúncias aos grandes problemas sociais do Brasil. Os assuntos místicos, religiosos e urbanos também são retomados. Destacam-se as seguintes obras : Vidas Secas de Graciliano Ramos, Fogo Morto de José Lins do Rego, O Quinze de Raquel de Queiróz e O País do Carnaval de Jorge Amado. Os principais poetas desta época são: Vinícius de Moraes, Carlos Drummond de Andrade e Cecilia Meireles.
O período de 1930 a 1945 registrou a estréia de alguns dos nomes mais significativos do romance brasileiro. Refletindo o mesmo momento histórico(02) e apresentando as mesmas preocupações dos poetas da década de 30 (Murilo Mendes, Jorge de Lima, Carlos Drummond de Andrade, Cecília Meireles e Vinícius de Moraes), a segunda fase do Modernismo apresenta autores como José Lins do Rego, Graciliano Ramos, Rachel de Queiroz, Jorge Amado e Érico Veríssimo, que produzem uma literatura de caráter mais construtivo, de maturidade, aproveitando as conquistas da geração de 1922 e sua prosa inovadora.
Efeitos da crise - Na década de 30, o país passava por grandes transformações, fortemente marcadas pela revolução de 30 e pelo questionamento das oligarquias tradicionais. Não havia como não sentir os efeitos da crise econômica mundial, os choques ideológicos que levavam a posições mais definidas e engajadas. Tudo isso, formou um campo propício ao desenvolvimento de um romance caracterizado pela denúncia social, verdadeiro documento da realidade brasileira, atingindo um elevado grau de tensão nas relações do indivíduo com o mundo.
Nessa busca do homem brasileiro "espalhado nos mais distantes recantos de nossa terra", no dizer de José Lins do Rego, o regionalismo ganha uma importância até então não alcançada na literatura brasileira, levando ao extremo as relações do personagem com o meio natural e social. Destaque especial merecem os escritores nordestinos que vivenciam a passagem de um Nordeste medieval para uma nova realidade capitalista e imperialista. E nesse aspecto, o baiano Jorge Amado é um dos melhores representantes do romance brasileiro, quando retrata o drama da economia cacaueira, desde a conquista e uso da terra até a passagem de seus produtos para as mãos dos exportadores. Mas também não se pode esquecer de José Lins do Rego, com as suas regiões de cana, os banguês e os engenhos sendo devorados pelas modernas usinas.
O primeiro romance representativo do regionalismo nordestino, que teve seu ponto de partida no Manifesto Regionalista de 1926 (este manifesto, elaborado pelo Centro Regionalista do Nordeste, procura desenvolver o sentimento de unidade do Nordeste dentro dos novos valores modernistas. Propõe trabalhar em prol dos interesses da região nos seus aspectos diversos - sociais, econômicos e Culturais) foi "A bagaceira", de José Américo de Almeida, publicado em 1928. Verdadeiro marco na história literária do Brasil, sua importância deve-se mais à temática (a seca, os retirantes, o engenho), e ao caráter social do romance, do que aos valores estéticos.

MODERNISMO AUTORES E OBRAS (Segunda fase - Poesia)

1) Carlos Drummond de Andrade - (1902-1987) - Alguma poesia; Brejo das Almas; Sentimento do mundo; A rosa do povo; Claro enigma; Viola de bolso; Fazendeiro do ar; Viola de bolso novamente encordoada; Lição de coisas; Versiprosa; Boitempo; Reunião; As impurezas do branco; Menino antigo; O marginal Clorindo Gato; Corpo (poesia); Confissões de Minas; O gerente; Contos de aprendiz (prosa)
2) Cecília Meireles - (1901-1964) - Espectros; Nunca mais; Metal rosicler; Viagem; Vaga música; Mar absoluto; Retrato natural; Romanceiro da Inconfidência; Solombra; Ou isto ou aquilo (poesia); Giroflê, giroflá; Escolha seu sonho (prosa)
3) Jorge de Lima - (1895-1953) - XIV alexandrinos; O mundo do menino impossível; Tempo e eternidade (com Murilo Mendes); Quatro poemas negros; A túnica inconsútil; Livro de sonetos; Anunciação; Encontro de Mira-Celi; Invenção de Orfeu (poesia); Salomão e as mulheres; Calunga; Guerra dentro do beco (prosa).
4) Murilo Mendes (1901-1975) - História do Brasil; A poesia em pânico; O visionário; As metamorfoses; Mundo enigma; Poesia liberdade; Contemplação de ouro preto (poesia); O discípulo dos Emaús; A idade do serrote; Poliedro (prosa)
5) Vinícius de Morais - (1913-1980) - O caminho para a distância; Forma e exegese; Ariana, a mulher; Cinco elegias; Para viver um grande amor (poesia); Orfeu da Conceição (teatro)

MODERNISMO AUTORES E OBRAS (Segunda fase - Prosa)

1) José Américo de Almeida - (1887-1980) - A bagaceira; O boqueirão; Coiteiros
2) Érico Veríssimo (1905-1975) - Clarissa; Música ao longe; Um lugar ao sol; Olhai os lírios do campo; O resto é silêncio; Noite; O tempo e o vento (O continente, O retrato e O Arquipélago); O senhor embaixador; Incidente em Antares
3) Graciliano Ramos (1892-1953) - Angústia; Caetés; São Bernardo; Vidas secas; Infância; Insônia; Memórias do Cárcere; Viagem
4) Jorge Amado (1912) - O país do carnaval; Cacau; suor; Capitães de Areia; Jubiabá; Seara vermelha; Terras do sem-fim; São Jorge dos ilhéus; O cavaleiro da esperança; Gabriela, cravo e canela; Os pastores da noite; Dona Flor e seus dois maridos; Tenda dos milagres; Tieta do agreste, Tereza Batista cansada de guerra; Tocaia grande; O sumiço da santa
5) José Lins do Rego - (1901-1957) - Menino de Engenho; Doidinho; Bangüê; O moleque Ricardo; Usina; Pedra Bonita; Fogo morto; Riacho doce; Pureza; Água mãe; Euridice
6) Rachel de Queiroz (1910) - O Quinze; João Miguel; Caminho de Pedras; As três Marias (romances); Lampião; A beata Maria do Egito (teatro)



Atividade

1) A segunda geração do Modernismo, 1930, caracterizou-se pela estabilização e consolidação do Modernismo Brasileiro. O ponto mais alto da prosa foi alcançado pelos romances nordestinos. Cite o nome de quatro escritores dessa fase.

2) (UFRS) Assinale a afirmação correta sobre o Romance de 30.
a) Predominou, entre os autores, uma preocupação de renovação estética seguindo os padrões da vanguarda literária europeia.
b) Na obra de José Lins do Rego, predomina a narrativa curta na recriação do modo de vida dos senhores de engenho.
c) Os autores, em suas obras, tematizaram os problemas sociais com o intuito de denunciar as agruras das populações menos favorecidas.
d) O caráter regionalista dos romances deste período deve-se à reprodução fiel do linguajar típico de cada região.
e) A obra de Jorge Amado pode ser considerada uma exceção, no conjunto da época, porque seus romances apresentam uma grande inovação na estrutura narrativa.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

VANGUARDAS EUROPEIAS

VANGUARDAS EUROPÉIAS

No início do século XX, a Europa vivia a euforia dos avanços industriais, científicos e tecnológicos. Mas também vivia o pessimismo característico do fim do século, representado pelo decadentetismo.
Essa contradição gera um clima propicio para a efervescência artística, favorecendo o aparecimento de várias tendências preocupadas com uma nova interpretação da realidade. Essas tendências passaram a se chamar vanguardas.



MOVIMENTO DA VANGUARDA EUROPÉIA

I - FUTURISMO: a arte-ação (Paris, 1909)
Seu primeiro manifesto foi publicado em 20 de fevereiro de 1909, assinado por Felippo Tammaso Marinetti (1876 – 1944). Apresentava como pontos fundamentais a exaltação da vida moderna, da máquina da eletricidade, do automóvel, da velocidade e uma inevitável ruptura com os modelos do passado. Os futuristas queriam mostrar a vida moderna através de pinturas cheias de movimento, dinamismo e força.por ser adepto da força, Marinetti adere ao fascismo de Mussolim, o que é uma causa de repente por parte dos principais modernistas brasileiros.

No Brasil, o futurismo teve grande influência na produção artística de artistas ligados ao movimento modernista. Anitta Malfatti e Oswald de Andrade entraram em contato com Marinetti e seu Manifesta Futurista. Muitas idéias e conceitos futuristas foram incorporados às obras destes modernistas brasileiros. Pode-se observar estas influências na Semana de Arte Moderna de 1922.
Características do Futurismo:
• Desvalorização da tradição e do moralismo;
• Valorização do desenvolvimento industrial e tecnológico;
• Propaganda como principal forma de comunicação;
• Uso de onomatopéias (palavras com sonoridade que imitam ruídos, vozes, sons de objetos) nas poesias;
• Poesias com uso de frases fragmentadas para passar a idéia de velocidade;
• Pinturas com uso de cores vivas e contrastes. Sobreposição de imagens, traços e pequenas deformações para passar a idéia de movimento e dinamismo;
II - EXPRESSIONISMO: a arte-caricatura (Alemanha, 1910)

Surgiu na Alemanha em 1910, trazendo uma forte herança do século XIX. Reúne trabalhos de Van Gogh, Cézanne, Gaugerin e Munch.
Era um movimento preocupado com a expressão. Era um ponto de honra dos expressionistas valorizar o feio e chocar o burguês.
“ao contrário de outras vanguardas, que refletem otimistamente sobre a técnica e o progresso, como por exemplo os furturistas, os expressionistas são mais afetados pelo sofrimento humano que pelo triunfo”.
Quando Tarsila do Amaral se matriculou na Escola de Belas Artes de Berlim, em 1912 aos 16 anos, voltou maravilhada como contato com o expressionismo.
Este movimento entra em declínio em 1933 com a ascensão de Hitler, o que significava a pureza e a superioridade germânica, jamais e caricatura.

III - CUBISMO: a arte das formas geométricas (Paris, 1907-1914, Picasso (Matisse o nomeou)

Nascido a partir de experiências de Pablo Picasso e Georges Braque valorizava as formas geométricas ao revelar um objeto em múltiplos ângulos. Surgiu em 1907 e conheceu seu declínio na 1ª Guerra Mundial. Segundo Picasso: “ O trabalho do artista não é cópia nem ilustração do mundo real, mas um acréscimo novo e autônomo”. E afirma que “a arte é uma mentira que nos faz perceber a verdade. Na literatura, teve seu primeiro momento com um manifesto – síntese de Guilherme Apollinaire e publicado em 1913. Ele defendia as “palavras em liberdade” e a “invenção das palavras”, e propunha a “destruição das sintaxes já condenados pelo uso. Essa característica viria a influenciar Oswald de Andrade na década de 20 (1920) e a poesia concreta da década de 60 (1960) no Brasil.

IV - DADAÍSMO: a arte-mutilação ( Zurique, Suíça, 1916, Tzara). Este foi o mais radical movimento das vanguardas. A palavra Dadá, que surgiu ao acaso, não significa nada. O Dadaismo é contra as teorias. As ordenações lógicas. É a total falta de perspectiva durante a guerra. É também contra os manifestos, como afirma Tristan Tzara em 1918: “Eu escrevo um manifesto e não quero nada, eu digo portanto certas coisas e sou contra os manifestos, como sou também contra os princípios”.
O Importante era criar palavras pela sonoridade quebrando as barreiras do significado; importante era o grito, o urro contra o capitalismo burguês e o mundo em guerra. No prefácio de Paulicéia Desvairada, Mário de Andrade diz que quem não souber urrar não leia “Ode ao burguês”.


V - SURREALISMO: a arte-alucinação ( Paris, 1924, André Breton)

De acordo com Freud, o homem deve libertar sua mente da lógica imposta pelos padrões comportamentais e morais estabelecidos pela sociedade e dar vazão aos sonhos e as informações do inconsciente. O pai da psicanálise, não segue os valores sociais da burguesia como, por exemplo, o status, a família e a pátria.
O surrealismo surgiu na França na década de 1920. Este movimento foi significativamente influenciado pelas teses psicanalíticas de Sigmund Freud, que mostram a importância do inconsciente na criatividade do ser humano.
O marco de início do surrealismo foi a publicação do Manifesto Surrealista, feito pelo poeta e psiquiatra francês André Breton, em 1924.
Os artistas ligados ao surrealismo, além de rejeitarem os valores ditados pela burguesia, vão criar obras repletas de humor, sonhos, utopias e qualquer informação contrária a lógica.
Outro marcos importante do surrealismo foi a publicação da revista A Revolução Socialista e o segundo Manifesto Surrealista, ambos de 1929. Os artistas do surrealismo que de destacaram mais na década de 1920 foram: o escultor italiano Alberto Giacometti, o dramaturgo francês Antonin Artaud, os pintores espanhóis Salvador Dalí e Joan Miró, o belga René Magritte, o alemão Max Ernst, e o cineasta espanhol Luis Buñuel e os escritores franceses Paul Éluard, Louis Aragon e Jacques Prévert.
A década de 1930 é conhecida como o período de expansão surrealista pelo mundo. Artistas, cineastas, dramaturgos e escritores do mundo todo assimilam as idéias e o estilo do surrealismo. Porém, no final da década de 1960 o grupo entra em crise e acaba se dissolvendo.






Atividade

1) Relacione os movimentos de vanguarda a seus lideres:
(1) Surrealismo ( ) Marinetti
(2) Dadaísmo ( ) Breton
(3) Futurismo ( ) Tzra
2) Complete:
a) Dois movimentos de vanguarda aparecem sucessivamente: o primeiro, que se proclama unicamente destruidor, é o .................................; o segundo, que procura construir uma nova civilização, é o .............................
b) O ................................ lançou-se contra o passado e sonhou uma literatura no século da “velocidade”. Para o ............................., entretanto, não havia passado, nem futuro: o que havia era a guerra, o nada; e a única coisa que restava ao artista era produzir uma antiarte, uma antiliteratura.

3) A exploração do inconsciente, a narração de sonhos, as experiências com a hipnose são elementos que permitem caracterizar métodos de compreensão do mundo típicos do ....................................

4) Quais foram as “Vanguardas” que definiram a renovação dos padrões da arte no início do século XX?
5) Qual a importância das Vanguardas Europeias para o Modernismo brasileiro?
6) Comente sobre as Vanguardas Europeias.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

LÍNGUA


Gosto de sentir a minha língua roçar
A língua de Luís de Camões
Gosto de ser e de estar
E quero me dedicar
A criar confusões de prosódias
E uma profusão de paródias
Que encurtem dores
E furtem cores como camaleões
Gosto do Pessoa na pessoa
Da rosa no Rosa
E sei que a poesias está para a prosa
Assim como o amor está para a amizade (...)
(Caetano Veloso)

sábado, 9 de julho de 2011

AMO OCÊ !!!


Ocê é o colírio du meu ôiu.
É o chicrete garrado na minha carça dins.
É a mairionese du meu pão.
É o cisco nu meu ôiu (i no ôtro oiu - eu tenho dois).
O rechei du meu biscoito.
A masstumate du meu macarrão.
Nossinhora!
Gosdimais da conta docê, uai.
Ocê é tamém:
O videperfume da minha pintiadêra.
O dentifriço da minha iscovdidente.
Óiprocevê,
Quem tem amigossim, tem um tisôru!
Ieu guárdesse tisouro, com todu carinho ,
Du lado isquerdupeito !!!
Dentro do meu Coração!!!
AMO ocê, uai!!!

Fais favô de mandá pra tudos seus amigus du coração, incrusive eu, craro!!!
BRIGADO PELO SEU CARIN, cumqueu sempre pude contá!!!!

SE PUDÉSSEMOS TER CONSCIÊNCIA DO QUANTO NOSSA
VIDA É PASSAGEIRA, TALVEZ PENSÁSSEMOS DUAS VEZES
ANTES DE HOGAR FORA AS OPORTUNIDADES
QUE TEMOS DE “SER” E “FAZER” OS OUTROS FELIZES!

terça-feira, 28 de junho de 2011

REDAÇÃO COMENTADA - PROFESSORA DIONE BEZERRA


“A identidade nacional não exclui as diferenças regionais”.

Num país de vasta dimensão territorial há diversos setores em contraste; diferenças sociais, culturais, econômicas de região para outra; formas divergentes de pensar e agir. Mesmo com todas as divergências essas regiões pertencem à mesma nação? O que é realmente nacionalidade?
É inevitável a existência de diferenças regionais num país de grande extensão territorial. Mesmo havendo uma correta distribuição de renda, uma única forma de educação através dos mesmos veículos de comunicação, as regiões serão diferentes, pois a influência da forma de colonização e haverá influências externas na formação da mentalidade dos indivíduos de cada uma delas. Tomando como base o Brasil, veremos a existência de diversas culturas que se contrastam: os valores culturais do Sul em oposição aos do Norte, além das divergências sociais e até mesmo geográficas. E analisando essas divergências, encontraremos a razão de tudo na forma como cada região foi colonizada. Nas regiões Sul e Sudeste há a presença de uma sociedade evoluída, influência dos emigrantes europeus, e, por ser uma sociedade dominante, projeta-se nas grandes cidades, apresentando técnicas modernas, colocando-se, portanto, como as regiões tecnologicamente desenvolvidas. Por outro lado existem as regiões do Norte e do Centro do país que, ainda não visitadas pela tecnologia moderna, conservam as tradições de um Brasil colonial, vivendo do artesanato, da pesca e de uma agricultura braçal.
Apesar das divergências entre as regiões, podemos afirmar que todas pertencem a mesma nação, pois o que caracteriza a identidade nacional é a ligação de seus habitantes por tradições, interesses e aspirações comuns e subordinados a um poder político central que mantém a unidade do grupo.

1. SOBRE O TEMA:
O tema apresenta uma questão externa sobre a qual o escritor deve dissertar. Para tal, exige do escritor conhecimento dos elementos que o compõem (A IDENTIDADE NACIONAL e AS DIFERENÇAS REGIONAIS). Observe a existência de um termo (NÃO EXCLUI), completando o sentido da frase através do verbo EXCLUIR acompanhado de NÃO. Ora a IDENTIDADE NACIONAL NÃO EXCLUI AS DIFERENÇAS REGIONAIS, cabe ao escritor provar ou negar, através de argumentos convincentes, o que afirma o tema. Para conseguir isso basta saber o que significa NAÇÃO e mostrar as diferenças existentes entre as regiões podem pertencer ou não à mesma identidade nacional, como foi feito no texto apresentado.

2. SOBRE A DISSERTAÇÃO
É importante assinalar que a dissertação possui uma estrutura e um propósito. O primeiro parágrafo (INTRODUÇÃO) é a apresentação do tema e deve trazer uma proposta de desenvolvimento, criar no leitor o interesse pelo que será abordado nos parágrafos seguintes (DESENVOLVIMENTO). Há várias formas de apresentar o tema: através de questionamentos, afirmações, citações; contanto que no desenvolvimento haja um desdobramento das áreas apresentadas na introdução. Por último vem a CONCLUSÃO que é a síntese do tema argumentado, as considerações finais.

sábado, 25 de junho de 2011

Um Matuto em Nova York

Sou nordestina, matuta, apaixonada por essa região
Veja que música linda cantada pelo alagoano de Quebrangulo Geraldo Cardoso

Composição: João Caetano / Genival Lacerda / Geraldo Cardoso

Eu sou o matuto
Mas sou matuto de luxo
Encontrei com George Busch
No congresso em Nova York

Eu precisava de levantar uma grana
Me encontrei com Madona
Pra fazer um show de rock.
Adivinha quem foi me prestigiar?
Dominguinhos chegou lá,
Para tocar um forró
O americano esqueceu até da guerra
E no suing pé-deserra admitiu o forró

Nosso forró pé-de-serra
Hoje é coisa de bacana
Sou matuto latino (Bis)
Forrozeiro nordestino
Na coluna americana

Eu sou matuto
Que fala o inglês fluente
Mas prefiro meu oxênte
Com o ponto de exclamação
Cantar forró defender nossa raiz
É assim que sou feliz
Pisando firme no chão!
Não se admire,

Se eu for lá pra Miame
E trazer uma madame
Para missa do vaqueiro
Dançar forró até o sangue ferver
E ela nunca esquecer
Do matuto brasileiro

Nosso forró pé-de-serra
Hoje é coisa de bacana
Sou matuto latino (Bis)
Forrozeiro nordestino
Na coluna americana.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

CARTA DE DESAMOR


Colegas!
Estava assistindo ao programa do Jô Soares e vi esta escritora, Stella Florence, falando dessa crônica para as mulheres que amaram demais, mas foram amadas de menos. Lembrei de um caso que aconteceu, recentemente, com uma colega (ex-aluna) e resolvi resumir e colocar aqui no meu blog.
CARTA DE DESAMOR
Me desculpe por ter tomado a iniciativa. Me desculpe por ter escrito. Me desculpe por ter ligado. Me desculpe por eu ter voz.
Me desculpe por ter dito sim. Me desculpe por ter gemido. Me desculpe por ter gozado.
Me desculpe por eu não ter usado máscara. Me desculpe por desejar alguma intensidade. Me desculpe por desejar.
Me desculpe pelo que foi ruim. Me desculpe pelo que foi bom. Me desculpe pelo atrevimento de supor que eu merecia o que de bom aconteceu.
Me desculpe por eu ter tirado a roupa. Me desculpe por eu ter mostrado meu corpo. Me desculpe por eu ter gostado de mostrar meu corpo.
Me desculpe por eu ter escrito coisas lindas para você. Me desculpe por você não ter entendido um terço do que eu escrevi. Me desculpe por você ter me achado ousada demais.
Mas, sobretudo, me desculpe por pedir essas ridículas, inúteis e dolorosas desculpas. Que, naturalmente, não são para você, afinal, PORCOS NÃO RECONHECEM PÉROLAS.

terça-feira, 21 de junho de 2011

PSICÓLOGO E A DUPLA PERSONALIDADE

O paciente chega ao psicólogo, tímido e cabisbaixo:
- Doutor, eu tenho dupla personalidade.
- Não se preocupe! Sente-se aí e vamos conversar os quatro...."

"- Sabe como diferenciar o psicólogo do seu paciente?
- O psicólogo é aquele que tem a chave do consultório."

TESTE A SUA PERSONALIDADE

Para este teste precisa de uma folha de papel e de um lápis ou esferográfica. Deve responder às perguntas por ordem e anotar as suas respostas. No fim pode ver o resultado!
1- Você passeia a pé por um caminho. O que vê a sua volta?
a) uma floresta escura, com enormes árvores, que impedem a passagem dos raios de sol;
b) um campo de milho, debaixo de um céu fantástico;
c) montanhas grandes, cobertas por árvores muito verdes.
2- Você quase tropeça em algo. Seria,
a) um espelho;
b) um anel;
c) uma garrafa.
3- Você pegaria algum deles?
a) sim;
b) não.
4- Seguindo pela mesma trilha, você tem que atravessar um pedaço cheio de água. O que seria?
a) um limpo, claro e sereno lago;
b) uma ruidosa cascata;
c) um borbulhante riacho.
5- No meio da travessia, vê uma chave dentro da água. Como é que ela é?
a) normal, de uma casa;
b) uma bonita chave antiga;
c) pequenina, de cadeado.
6- Depois de passar pela água, continua a andar e, mais à frente, vê uma casa. De que estilo?
a) uma vivenda luxuosa;
b) uma cabana com um relvado bem cortado;
c) um bonito castelo em ruínas.
7- O que é que você faz?
a) entra;
b) olha pela janela;
c) não lhe interessa.
8- De repente algo aparece no seu caminho e assusta-o. O que é?
a) um urso;
b) um mágico;
c) um gnomo.
9- Agora, chega a um muro com uma porta e dá uma olhada no buraco da fechadura. O que vê do outro lado?
a) um jardim maravilhoso;
b) uma lagoa no meio do deserto;
c) uma praia com ruidosas ondas.
________________________________________

Agora veja os resultados abaixo!
Teste a sua personalidade - Resultados
1) Como vê a vida...
a) A floresta indica que vai até ao fim nas coisas que quer, sabe identificar os seus objetivos e conciliar as suas metas, porém é quieto, calmo e cauteloso.
Todos os que o conhecem, o acham interessante e não se cansam de elogiar o seu ar misterioso, já que, por nada neste mundo, mostra de imediato seu verdadeiro eu. Sabe ser um bom ouvinte.
b) O campo de milho indica que você é brilhante, sociável, amável, brincalhão. Faz amigos com facilidade e raramente se sente sozinho. Aonde quer que vá, é sempre o centro das atenções e, por isso, sente-se feliz e diverte-se com uma certa facilidade.
c) Caso tenha escolhido as montanhas, é sinal que você é sobretudo prático, tem senso de justiça, os pés no chão e conquista as pessoas pela sua honestidade. Uma prova disso é a sua atitude quando alguém pede ajuda para resolver um problema. Antes de tomar qualquer partido, ouve as partes envolvidas.
2) A pessoa dos seus sonhos...
a) A escolha do espelho mostra que não acredita que "polos opostos se atraem", isto em relação ao amor, e que, só vai sossegar quando encontrar a sua alma gémea, ou seja, uma pessoa que tenha os mesmos ideais que você.
Nada mais justo. Só que é bom olhar um pouco mais à volta, porque de repente a pessoa perfeita para si pode ser alguém para quem normalmente não olharia duas vezes.
b) A escolha do anel significa que coloca os sentimentos acima de qualquer outra coisa na vida, até do seu amor próprio. Romântico, acredita em amor eterno, e acredita que amor rima com dor. Mesmo quando está a sofrer e é rejeitado, continua a acreditar que a pessoa um dia vai descobrir que o ama.
No seu projeto de vida, embora não admita, quer que o seu parceiro cuide de si e supra todas as suas carências.
c) Se escolheu a garrafa é ambicioso, inteligente, prático e quer um companheiro que o ajude e batalhe ao seu lado, mais do que, amor ou paixão, você procura companheirismo e um parceiro esperto, bem disposto e colaborador.
Prefere manter distância.
3) Será que quer um compromisso sério?...
a) Se respondeu sim, você não vê a hora de encontrar a pessoa certa, ou estando com alguém não tem problemas em se envolver.
b) Se respondeu não, tem outras prioridades, pelo menos por enquanto.
4) Os limites da paixão...
a) O lago reflete o seu desejo de querer ver-se livre de relacionamentos superficiais. Porém, só quando encontrar alguém muito especial, é que vai mergulhar de cabeça.
b) A cascata revela que gosta de conquistar, esbanjar o seu charme e saber que as pessoas se apaixonam facilmente por si, mesmo que para si, perca logo a graça. Mas aparece sempre alguém novo, aliás, isso é muito natural.
c) O que um riacho é capaz de fazer?... Você vive apaixonado, e sempre por alguém diferente. Você é movido por paixões e emoções intensas, é muito passional. Está sempre com uma pessoa diferente e sempre a fazer a acreditar que encontrou o amor da sua vida.
5) Acerca do futuro...
a) Se viu a chave de uma casa, é porque tem uma vontade secreta de abrir novos horizontes na sua vida, só não sabe que rumo seguir.
b) Se viu a chave antiga, mostra que você tem garra e uma vontade ilimitada de aprender tudo o que puder e que vai atrás e luta pelos seus objetivos.
c) Ver a chave de um cadeado significa que acredita na sua intuição para ajudá-lo a encontrar um caminho, fora do comum, que lhe abrirá as portas do sucesso.
6) Quem é que não tem ambição?...
a) Escolher a vivenda, quer dizer que você tem vários objetivos na vida, e muito otimistas. Além disso, se esforça para ser o melhor em tudo que faz e sente-se atraído por atividades que dão oportunidade de expressar a sua criatividade.
b) A cabana é a visão de uma pessoa realista sobre o seu próprio futuro e que tem os pés firmemente assentes no chão. E provavelmente vencerá em qualquer atividade usando o esforço próprio.
c) Caso tenha achado o castelo mais simpático, é porque ainda não conseguiu decifrar muito bem o que deseja para o amanhã. Enquanto isso, para não se desiludir, caso alguma coisa corra mal, prefere sonhar com o que vai fazer com o dinheiro todo que irá ganhar, quando ficar milionário.
7- Quando é que o sucesso chega?...
a) Entrar na casa é ter confiança em tudo o que faz, sabendo que existe sempre a possibilidade de errar ou acertar. Sendo assim, nada consegue atrapalhar o seu caminho.
b) Se você olhou pela janela, é porque tem medo de falhar e por isso, desiste de tudo, sem pelo menos tentar.
c) Caso não se tenha interessado, é porque se contenta com coisas simples e prefere não correr atrás do sucesso.
8- Medo de...
a) Para si, que escolheu o urso, depender de alguém é a pior coisa que pode acontecer-lhe na vida. Na sua opinião, uma pessoa alcança a felicidade a partir do momento em que estiver pronta para andar com os próprios pés.
b) Através do mágico, você demonstra o receio que tem das situações que estão fora do seu controlo. No entanto, para aliviar tamanha tensão, procura a ajuda de um poderoso guia ou mestre e explicações sobrenaturais para os seus problemas pessoais.
c) O gnomo é o retrato de uma pessoa preocupada com que os outros vão pensar dela, como os outros vão reagir se disser ou fizer coisas que elas não gostam ou não aprovam. Afinal para quê tanto medo de não ser aceite?
9- O EU mais profundo...
a) Ao escolher o jardim, provou que é maduro, honesto, sensível e dono de uma inteligência privilegiada. Não é a toa que todos confiam em si de olhos fechados.
b) Se escolheu a lagoa, ela apenas reforça a sua necessidade de ter o seu próprio espaço, até para se isolar quando sente que as coisas não andam exatamente como tinha planeado. Chegará um dia em que você descobrirá que compartilhar os sentimentos com alguém da sua confiança poderá ajudá-lo a ficar melhor.
c) A praia é a escolha de quem é apaixonado pela vida, nada convencional, com opiniões próprias, e sem o menor medo de as defender e mudá-las, se for preciso.
Do site astrologia.sapo.spt.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

COMO FAZER REDAÇÃO NO ENEM - conselhos e modelo

Texto do Prof. Hélio Consolaro, publicado em
http://www.portrasdasletras.com.br/pdtl2/sub.php?op=redacao/enem/docs/orientacoesenem

O tema proposto pelo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) sempre traz uma situação como tema, geralmente de caráter social, para que o estudante faça uma análise.

A banca apresenta textos de apoio, gráficos e (ou) figuras para que o estudante tenha subsídios para analisar o problema apresentado.

Nesse modelo, sempre proponho a meus alunos do ensino médio que façam uma dissertação de quatro parágrafos, quantidade ideal para atingir as 25 linhas propostas.

O aluno deve verbalizar no primeiro parágrafo o problema apresentado como tema, com suas próprias palavras. Nele, não se dá opinião, pois não se trata de dissertação argumentativa. A posição ideológica do aluno (não se omita) vai aparecer nos apontamentos da causa e da conseqüência, e principalmente na conclusão.

No segundo parágrafo, o estudante indica uma causa do problema, o porquê daquilo acontecer; no terceiro, uma conseqüência, em razão dele, ocorre tal coisa.

E na conclusão, como sempre, a banca examinadora pede para que o estudante apresente a solução para o problema.

Exemplo bem resumido:

Introdução: Muitos jovens deixam-se dominar pelo vício em diversos tipos de entorpecentes, mal que se alastra cada vez no Brasil.

Tópico frasal do 2.º parágrafo (causa): Algumas pessoas refugiam-se nas drogas na tentativa de esquecer seus problemas.

Tópico frasal do 3.º parágrafo (conseqüência): Tornam-se dependentes dos psicóticos dos quais se utilizam e, na maioria das vezes, transformam-se em pessoas inúteis para si mesmas e para a comunidade.

Conclusão (solução): Fazem-se necessárias políticas públicas fortes de prevenção, com atividades culturais e esportivas para a juventude, ocupando-lhe o tempo, formando o caráter dos adolescentes.

Introdução e conclusão devem ser curtas, pois na primeira apresenta-se o problema; na segunda, a solução, sem delongas. A maior parte das linhas deve ser usada nos parágrafos da causa e da conseqüência.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

SÃO BERNARDO – GRACILIANO RAMOS

É um dos romances mais densos da literatura brasileira.
Uma das obras primas de Graciliano Ramos. É narrado em primeira pessoa por Paulo Honório, que se propõe a contar sua dura vida em retrospectiva, de guia de cego a proprietário da fazenda São Bernardo.
Atividade

01. Em qual momento da história do Brasil se passa o filme?
02. Descreva o papel do protagonista no contexto histórico da época.
03. A música e o cenário do filme têm alguma relação com o roteiro? Justifique.
04. Descreva quais aspectos do filme tem relação com os acontecimentos mundiais.
05. Que aspectos mais lhe chamaram atenção?
06. Localize, em cenas do filme, dados que correspondam ao tema estudado.
07. Local e período onde se passa o enredo do filme.
08. Principais personagens.
09. Assunto abordado no filme.
10. Dê sua opinião e crítica sobre o filme (resenha do filme).

domingo, 24 de abril de 2011

MINUTOS DE SABEDORIA 82

Tenha bom ânimo e coragem: você vencerá todas as dificuldades! A vida apresenta-nos problemas às vezes difíceis. Mas dificuldade superada é problema resolvido. Jamais desanime: você há de vencer galhardamente todos os problemas que se lhe apresenta¬rem. Se o problema for complexo, divida-o em partes, e vença cada uma delas separadamente. Mas não desanime jamais!

terça-feira, 5 de abril de 2011

Acadêmicos do Tucuruvi de SP homenageia o NE

Escola de Samba Acadêmicos do Tucuruvi de SP homenageia o NORDESTE com o enredo:

“Oxente, o que seria da gente sem essa gente? São Paulo: capital do Nordeste”
(...)
Um sorriso é a moldura do meu traço cultural
Quando agente se encontra
A mistura é natural
Carrego na alma a bravura
E o orgulho de ser quem eu sou
(...)
Vou construindo ilusão
Erguendo os pilares da cidade
Deixando marcas da minha tradição
(...)
Esse gosto, esse tempero
É o gosto brasileiro

Fundada em 1976 por foliões do bairro do Tucuruvi. Cores oficiais: Vermelho, Amarelo, Azul e Branco

"Renovar é preciso... Pra que o viver seja possível"

DICIONÁRIO NORDESTINÊS


"Sua bagagem cultural você leva para sempre! Viaje por todo o Brasil!"
O NORDESTE é muito lindo, receptivo e paradisíaco.
E gostaria de dividir com vocês o nosso dicionário NORDESTINÊS. Os chamados regionalismos que fazem com que encontremos muitos "brasis" dentro de um só.
Abestalhado = Bobo
Afolozado = Largo
Aperreado = Preocupado
Apulso = Ato realizado à força
Arenga = Briga pequena
A toa = Sem destino
Avexado = Apressado
Bulir = Mexer em algo
Caba de Pêia = "Caba" (homem) Safado
Cagado = Quem tem sorte
Cachimbal = Zig-zig
Cambitos = Pernas finas
Catenga = lagartixa
Chumbrego = Namoro pesado (amassos)
Chimbra = Bola de Gude
Frouxo = Medroso
Galalau = Gente alta
Inhaca = Catinga de suor
Invocado = Com raiva
Liso = Sem dinheiro
Mangar = Rir dos outros
Maloqueiro = Desocupado
Maiá = utilizar indevidamente transporte público sem pagar.
Massa = Legal
Munganga = Performance ou Atitude de palhaço
Pantinho = Munganga
Pirangueiro = Mão de vaca, sovina
Quejo (estar no quejo) = uma pessoa que está sem namorar e sem ficar faz tempo (não é “queijo” a fala é quejo mesmo).
Roncha = Mancha de pancada
Veiaco (ou velhaco) = Quem não paga
Vôte = Sinal de espanto
Xôxo = Quem é franzino (pequeno e magro)

segunda-feira, 4 de abril de 2011

COISAS DA VIDA (Clarice Lispector)


Só para os mais importantes...
Já escondi um amor com medo de perdê-lo,
Já perdi um amor por escondê-lo...
Já segurei nas mãos de alguém por estar com medo,
Já tive tanto medo, ao ponto de nem sentir minhas mãos.
já expulsei pessoas que amava de minha vida,
Já me arrependi por isso...
Já passei noites chorando até pegar no sono,
Já fui dormir tão feliz,
Ao ponto de nem conseguir fechar os olhos...
Já acreditei em amores perfeitos,
Já descobri que eles não existem...
Já amei pessoas que me decepcionaram,
Já decepcionei pessoas que me amaram...
Já passei horas na frente do espelho
Tentando descobrir quem sou,
Já tive tanta certeza de mim,
Ao ponto de querer sumir...
Já menti e me arrependi depois,
Já falei a verdade
E também me arrependi...
Já fingi não dar importância a pessoas que amava,
Para mais tarde chorar quieto em meu canto...
Já sorri chorando lágrimas de tristeza,
já chorei de tanto rir...
Já acreditei em pessoas que não valiam a pena,
Já deixei de acreditar nas que realmente valiam...
Já tive crises de riso quando não podia...
Muitas vezes deixei de falar o que penso para agradar uns,
Outras vezes falei o que não pensava para magoar outros...
já fingi ser o que não sou para agradar uns,
Já fingi ser o que não sou para desagradar outros...
Já senti muito a falta de alguém,
Mas nunca lhe disse...
Já gritei quando deveria calar,
Já calei quando deveria gritar...
Já contei piadas e mais piadas sem graça,
Apenas para ver um amigo feliz...
Já inventei histórias de final feliz
Para dar esperança a quem precisava...
Já sonhei demais,
Ao ponto de confundir com a realidade...
Já tive medo do escuro,
Hoje no escuro "me acho, me agacho, fico ali"...
Já caí inúmeras vezes
Achando que não iria me reerguer,
Já me reergui inúmeras vezes
Achando que não cairia mais...
Já liguei pra quem não queria
Apenas para não ligar para quem realmente queria
já corri atrás de um carro,
por que ele levar alguém que eu amava embora.
Já chamei pela mãe no meio da noite
Fugindo de um pesadelo,
Mas ela não apareceu
E foi pesadelo maior ainda...
Já chamei pessoa próximas de "amigo"
E descobri que não eram;
Algumas pessoas nunca precisei chamar de nada
E sempre foram e serão especiais para mim...
Não me dêem fórmulas certas,
Porque eu não espero acertar sempre...
Não me mostre o que esperam de mim,
Porque vou seguir meu coração!
Não me façam ser o que eu não sou,
Não me convidem a ser igual,
Porque sinceramente sou diferente!...
Não sei amar pela metade,
Não sei viver de mentiras,
Não sei voar com os pés no chão...
Sou sempre eu mesma,
mas com certeza não serei a mesma para sempre...
Com o tempo aprendi que o que importa não é o que você tem na vida, mas QUEM você tem na vida...
E que bons amigos são a família que nos permitem escolher...
Gosto de cada um de vocês de um jeito especial e único...
Beijos

sexta-feira, 1 de abril de 2011

HISTÓRIA DA ARTE – 2º ANO

BARROCO
A arte barroca originou-se na Itália (séc. XVII) mas não tardou a irradiar-se por outros países da Europa e a chegar também ao continente americano, trazida pelos colonizadores portugueses e espanhóis.
As obras barrocas romperam o equilíbrio entre o sentimento e a razão ou entre a arte e a ciência, que os artistas renascentistas procuram realizar de forma muito consciente; na arte barroca predominam as emoções e não o racionalismo da arte renascentista.
É uma época de conflitos espirituais e religiosos. O estilo barroco traduz a tentativa angustiante de conciliar forças antagônicas: bem e mal; Deus e Diabo; céu e terra; pureza e pecado; alegria e tristeza; paganismo e cristianismo; espírito e matéria.
Suas características gerais são:
• Emocional sobre o racional; seu propósito é impressionar os sentidos do observador, baseando-se no princípio segundo o qual a fé deveria ser atingida através dos sentidos e da emoção e não apenas pelo raciocínio.
• Buscam de efeitos decorativos e visuais, através de curvas, contracurvas, colunas retorcidas;
• Entrelaçamento entre a arquitetura e escultura;
• Violentos contrastes de luz e sombra;
• Pintura com efeitos ilusionistas, dando-nos às vezes a impressão de ver o céu, tal a aparência de profundidade conseguida.
PINTURA
Características da pintura barroca:
• Composição assimétrica, em diagonal - que se revela num estilo grandioso, monumental, retorcido, substituindo a unidade geométrica e o equilíbrio da arte renascentista.
• Acentuado contraste de claro-escuro (expressão dos sentimentos) - era um recurso que visava a intensificar a sensação de profundidade.
• Realista, abrangendo todas as camadas sociais.
• Escolha de cenas no seu momento de maior intensidade dramática.
Dentre os pintores barrocos italianos:
Caravaggio - o que melhor caracteriza a sua pintura é o modo revolucionário como ele usa a luz. Ela não aparece como reflexo da luz solar, mas é criada intencionalmente pelo artista, para dirigir a atenção do observador.
Obra destacada: Vocação de São Mateus.
Andrea Pozzo - realizou grandes composições de perspectiva nas pinturas dos tetos das igrejas barrocas, causando a ilusão de que as paredes e colunas da igreja continuam no teto, e de que este se abre para o céu, de onde santos e anjos convidam os homens para a santidade.
Obra destacada: A Glória de Santo Inácio.
A Itália foi o centro irradiador do estilo barroco. Dentre os pintores mais representativos, de outros países da Europa, temos:
Velázquez - além de retratar as pessoas da corte espanhola do século XVII procurou registrar em seus quadros também os tipos populares do seu país, documentando o dia-a-dia do povo espanhol num dado momento da história.
Obra destacada: O Conde Duque de Olivares.
Rubens (espanhol) - além de um colorista vibrante, se notabilizou por criar cenas que sugerem, a partir das linhas contorcidas dos corpos e das pregas das roupas, um intenso movimento. Em seus quadros, é geralmente, no vestuário que se localizam as cores quentes - o vermelho, o verde e o amarelo - que contrabalançam a luminosidade da pele clara das figuras humanas.
Obra destacada: O Jardim do Amor.
Rembrandt (holandês) - o que dirige nossa atenção nos quadros deste pintor não é propriamente o contraste entre luz e sombra, mas a gradação da claridade, os meios-tons, as penumbras que envolvem áreas de luminosidade mais intensa.
Obra destacada: Aula de Anatomia.

ESCULTURA
Suas características são: o predomínio das linhas curvas, dos drapeados das vestes e do uso do dourado; e os gestos e os rostos das personagens revelam emoções violentas e atingem uma dramaticidade desconhecida no Renascimento.
Bernini - arquiteto, urbanista, decorador e escultor, algumas de suas obras serviram de elementos decorativos das igrejas, como, por exemplo, o baldaquino e a cadeira de São Pedro, ambos na Basílica de São Pedro, no Vaticano.
Obra destacada: A Praça de São Pedro, Vaticano e o Êxtase de Santa Teresa.
Para seu conhecimento
Barroco: termo de origem espanhola ‘Barrueco’, aplicado para designar pérolas de forma irregular.

Fonte: www.historiadaarte.com.br

REALISMO NATURALISMO

Realismo / Naturalismo (1881 – 1882)

O Realismo é uma reação contra o Romantismo:

O Romantismo era a apoteose do sentimento; - o Realismo é a anatomia do caráter. É a crítica do homem. É a arte que nos pinta a nossos próprios olhos - para condenar o que houve de mau na nossa sociedade.
(Eça de Queirós)

O realismo é o estilo literário que constituiu uma reação ao sentimentalismo romântico e que, no Brasil, se desenvolveu nos últimos vinte anos do século XIX. Em vez de belas paisagens, ambientes luxuosos e sofisticados, personagens elegantes, temos em foco uma população anônima e marginalizada da sociedade carioca do século XIX. Promiscuidade, vida miserável, pobreza e a luta pela sobrevivência – eis os novos aspectos da realidade social que começam a ter lugar na literatura. No Brasil, o início do Realismo é marcado pela publicação em 1881, de dois romances: “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, de Machado de Assis, e “o Mulato”, de Aluísio de Azevedo.
Nas obras de alguns autores realistas, podemos distinguir certas características que definem uma tendência que foi chamada de Naturalismo. Os escritores naturalistas, influenciados pelas ciências experimentais da época, viram o ser humano como um simples produto biológico cujo comportamento era resultado da ação de social e da hereditariedade. Caberia ao escritor, portanto, armar, em sua obra, uma certa situação experimental e agir como um cientista; descrever as reações sem nenhuma interferência de ordem moral ou pessoal.
No Brasil, os principais escritores realistas são:
Machado de Assis
Joaquim Maria Machado de Assis, nasceu no Rio de Janeiro, em 1839, onde morreu, em 1908. Trabalhou como tipógrafo e revisor, tornando-se, ainda bem jovem, colaborador da imprensa da época. Casou-se em 1868 com Carolina Xavier de Novais, companheira que muito e estimulou na carreira literária. Foi também o primeiro presidente da Academia Brasileira de Letras, que ajudou a fundar em 1897. É o melhor escritor brasileiro do século XIX. Machado de Assis destacou-se principalmente no romance e no conto, embora tenha escrito também poesias – Crisálidas, Falenas, Américas, Ocidentais, crônicas e peças teatrais. Exerceu ainda a crítica literária tendo escrito alguns trabalhos importantes, como Instituto de Nacionalidade, A nova geração e outros.
Machado de Assis, nosso grande escritor, ultrapassou tanto as barreiras sociais bem como físicas. Era míope, gago e sofria de epilepsia.
Seus romances mais conhecidos são: Dom Casmurro, Memórias Póstumas de Brás Cubas, Esaú e Jacó, Memorial de Aires, Quincas Borba, Helena e A Mão e a Luva.
Seus contos mais conhecidos são “A cartomante”, “O espelho”, “Teoria do medalhão”, “Conto de escola”, “Pai contra mãe” ...
Aluisio de Azevedo
É considerado o mais típico escritor naturalista da literatura brasileira. Suas obras mais conhecidas são: O mulato, O cortiço e Casa de pensão.

Raul Pompéia – escreveu o romance naturalista O Ateneu.
Adolfo Caminha, Um dos principais representantes do naturalismo no Brasil, sua obra, densa, trágica e pouco apreciada na época. Escreveu: A Normalista, Bom Crioulo.
Domingos Olimpio - Luzia-Homem (1903), O Almirante (1906), Uirapuru (1906)

quinta-feira, 31 de março de 2011

LITERATURA BRASILEIRA - QUINHENTISMO - 1º ANO

QUINHENTISMO (1500 a 1601)

O Quinhentismo foi vivido no Brasil em meio ao “descobrimento” e aos interesses da exploração de riquezas materiais. Não se pode falar, propriamente, em Literatura Brasileira, uma vez que os textos da época somente atendem ao ponto de vista do colonizador, pois todos os autores (e potenciais leitores) são europeus. Além disso, predominam na época os relatos de viagem, textos informativos, de caráter documental e, portanto, com maior valor histórico do que literário. Mesmo assim, esses textos são chamados de Literatura de Informação.

O Quinhentismo, fase da literatura brasileira do século XVI, tem este nome pelo fato das manifestações literárias se iniciarem no ano de 1.500, época da colonização portuguesa no Brasil. A literatura brasileira, na verdade, ainda não tinha sua identidade, a qual foi sendo formada sob a influência da literatura portuguesa e européia em geral. Logo, não havia produção literária ligada diretamente ao povo brasileiro, mas sim obras no Brasil que davam significação aos europeus. No entanto, com o passar dos anos, as literaturas Informativa e dos Jesuítas, foi dando lugar a denotações da visão dos artistas brasileiros.
Na época da colonização brasileira, a Europa vivia seu apogeu no Renascimento, o comércio se despontava, enquanto o êxodo rural provocava um surto de urbanização. Enquanto o homem europeu se dividia entre a conquista material e a espiritual (Contra-Reforma), o cidadão brasileiro encontrava no quinhentismo semelhante dicotomia: a literatura informativa, que se voltava para assuntos de natureza material (ouro, prata, ferro, madeira) feita através de cartas dos viajantes ou dos cronistas e a literatura dos jesuítas, que tentavam inserir a catequese.
A carta de Pero Vaz de Caminha, escrita entre 26 de abril e de 1º de maio de 1500, tinha como objetivo informar ao rei de Portugal o descobrimento e relatar-lhe as peculiaridade do novo território. É tida como uma espécie de “certidão de nascimento” do Brasil (expressão que adere ao ponto de vista do colonizador). Na verdade, é o primeiro retrato de nossa terra e, mesmo passados mais de quinhentos anos, ainda é bastante revelador de marcas profundas na formação da nossa identidade enquanto povo. Ela traz a referida dicotomia claramente expressa, pois valoriza as conquistas e aventuras marítimas (literatura informativa) ao mesmo tempo em que a expansão do cristianismo (literatura jesuíta).
Tudo na Carta é descrito nos mínimos detalhes. Repare como o índio é analisado como mais um elemento integrante da natureza exótica do local:
A feição dele é parda, algo avermelhado; de bons rostos e bons narizes. Em geral, são bem feitos. Andam nus, sem cobertura alguma. Não fazem o menor caso de cobrir ou mostrar suas vergonhas, e nisso são tão inocentes como quando mostram o rosto. Ambos traziam os beiços de baixo furado e metido nele um osso branco, do comprimento de uma mão travessa e de grossura de um fuso de algodão.
Na verdade, a atmosfera edênica fascina os portugueses, e esse registro na carta começa a forjar uma imagem do Brasil associada à liberdade sexual. Observe o excerto abaixo:
Ali andavam entre eles três ou quatro moças, muito novas e muito gentis, com cabelos muito pretos e compridos, caindo pelas espáduas, e suas vergonhas tão altas e tão cerradinha e tão limpas da cabeleiras que, de as muito bem olharmos, não tínhamos nenhuma vergonha.
A Carta de Caminha é apenas o primeiro capítulo de nossa viagem pela formação cultural, mas certamente suas marcas podem ser percebidas até hoje.
A literatura dos jesuítas tinha como objetivo principal o da catequese. Este trabalho de catequizar norteou as produções literárias na poesia de devoção e no teatro inspirado nas passagens bíblicas.
José de Anchieta é o principal autor jesuíta da época do Quinhentismo, viveu entre os índios, pelos quais era chamado de piahy, que significa “supremo pajé branco”. Foi o autor da primeira gramática do tupi-guarani e também de várias poesias de devoção.
O homem europeu do século XVI, especificamente o português, tinha duas preocupações distintas: uma material, resultante da política das Grandes Navegações e que visava o lucro decorrente da exploração das terras recém descobertas; e outra espiritual, resultante do movimento da contra-reforma, ou seja, da tentativa de a Igreja Católica reconquistar os indivíduos que se converteram ao protestantismo.
Essas duas preocupações básicas fizeram com que a literatura feita no Brasil naquele período se manifestasse de duas formas: a primeira, de caráter puramente informativo, conhecida como literatura de informação, levava a Portugal as novidades sobre as riquezas do Brasil; já a segunda, de aspecto doutrinário, também conhecida literatura dos jesuístas, voltada para a catequese do povo indígena.
Em seu primeiro século de "vida" o Brasil foi visitado por muitos viajantes e missionários europeus. Muitos deles colheram informações sobre a terra e seus habitantes. Esses relatos, por possuírem pouca importância literária, estão relacionados a crônica histórica e, por isso, são classificados como literatura de informação ou como literatura dos cronistas e viajantes. A primeira e mais importante dessas obras foi a Carta de Pêro Vaz de Caminha, escrivão da frota de Pedro Álvares Cabral, endereçada a el-rei Rei D. Manuel. Nela Caminha mostra claramente as duas preocupações que atormentavam o povo português da época, ou seja, a conquista de bens materiais e o aumento do número de fiéis adeptos ao Catolicismo.
As obras e autores que merecem destaque são os seguintes:
- Armada de Pedro Álvares Cabral
- Diário de Navegação (1530) de Pêro Lopes e Sousa, escrivão do grupo colonizador liderado por Martim Afonso de Sousa;
- Tratado da Terra do Brasil e a História da Província de Santa Cruz a que Vulgarmente Chamamos de Brasil (1576) de Pêro Magalhães de Gândavo;
- Tratado Descritivo do Brasil (1587) de Gabriel Soares de Souza;
- Os Diálogos das Grandezas do Brasil (1618) de Ambrósio Fernandes Brandão.

Na literatura brasileira é possível encontrar milhares de textos que, sob diversos aspectos, retratam o Brasil. O primeiro desses textos é a Carta de Pêro Vaz de Caminha endereçada a D. Manuel, rei de Portugal. Essa Carta, “considerada a certidão de nascimento do Brasil”, revela a primeira impressão que o homem europeu teve de um mundo novo, habitado por pessoas diferentes e com costumes estranhos.
Assim, seu caráter puramente informativo, não permite que se fale em literatura do Brasil, mas sim em uma literatura informativa feita pelos portugueses sobre o Brasil.
Apesar da descoberta do Brasil ter ocorrido em 1500, Portugal só demonstrou interesse pela nova terra algum tempo depois, quando começou a enviar expedições para a nova terra com o objetivo de colher informações sobre a sua fauna, flora e de seus nativos.
Nessa época, o fato de predominar, nos meios literários portugueses, o Classicismo, também conhecido como Quinhentismo, fez com que toda a literatura informativa sobre o Brasil ficasse também conhecida como Quinhentismo Brasileiro.

A Literatura Jesuítica
Paralelamente à literatura de informação, acontecia no Brasil a literatura dos jesuítas. Os jesuítas chegaram ao Brasil junto com os primeiros colonizadores e sua missão, conseqüente da Contra-Reforma, era catequizar os indígenas. Esteticamente, a literatura dos jesuítas foi a melhor produção literária feita no Brasil na primeira fase do Brasil-colônia. Os jesuítas, nesse perído de catequização dos índios cultivaram:
- a poesia didática - que tinha o objetivo de dar exemplos moralizantes aos indígenas;
- a poesia sem finalidade catequizadora - relacionada a necessidade de individual de expressão;
- o teatro pedagógico - baseado em textos extraídos da Bíblia; e as cartas de informação - relatavam, aos líderes da Igreja Católica Portuguesa, como iam os trabalhos de catequese no Brasil.
Os representantes mais importantes da Literatura Jesuítica foram os padres José de Anchieta, Manuel da Nóbrega e Fernão Cardim.

Atividade

01. Que período abrange a literatura de informação no Brasil?
02. Que é literatura de informação?
03. Os textos dessa época demonstram preocupação literária?
04. Que importância tiveram esses textos em nossa literatura?
05. Cite alguns autores e obras dessa época?
06. Cite algumas paisagem da carta de Pero Vaz de Caminha em que ele demonstra espírito observador e detalhista.
07. Como é a linguagem da Carta de Pero Vaz de Caminha?

“O tempo é algo que não volta atrás,portanto plante seu jardim e decore sua alma ao invés de esperar que alguém lhe mande flores.”
(William Shakespeare, dramaturco inglês, 1564 – 1616)

quarta-feira, 23 de março de 2011

PREVISÕES PARA HOJE

Hoje você terá um dia cheio de sorte , sucesso, amor, paz , prosperidade , alegrias, hoje você terá um grande aumento na tua produtividades , pois você está com a tua saúde melhor do que nunca , você terá grandes supressas pois, EUzinha, teus filhos, teus pais, parentes e amigos vão dizer a você que você é o ser humano mais iluminado que DEUS colocou na vida de cada um deles e que sem você nenhum deles poderia existir e portanto todos são gratos por você ser este anjo de luz que veio brilhar e aquecer a vida de cada um deles!!

QUANDO


Quando for amar,
Ame o mais profundo que puder...
Quando for falar,
Fale somente o necessário...
Procure sorrir com os olhos também!
Quando pensar em desistir,
Não desista...
Quando quiser se declarar a alguém,
Faça isso sem medo do que essa pessoa pensará de você...
Quando sonhar,
Sonhe bem alto...Bem longe...
Quando for partir,
Não diga "Adeus"...
Diga que foi tudo MARAVILHOSO...
Quando abraçar alguém,
Abrace com carinho...
E diga o que realmente sente dentro desse coração lindo

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

MODERNISMO

Modernismo

Este período começa com a Semana de Arte Moderna de 1922. As principais características da literatura modernista são : nacionalismo, temas do cotidiano (urbanos) , linguagem com humor, liberdade no uso de palavras e textos diretos. Principais escritores modernistas : Mario de Andrade, Oswald de Andrade, Cassiano Ricardo, Alcântara Machado e Manuel Bandeira.
O Modernismo, como tendência literária, ou estilo de época, teve seu prenúncio com a realização da Semana de Arte Moderna no Teatro Municipal de São Paulo, nos dias 13, 15 e 17 de fevereiro de 1922. Idealizada por um grupo de artistas, a Semana pretendia colocar a cultura brasileira a par das correntes de vanguarda do pensamento europeu, ao mesmo tempo que pregava a tomada de consciência da realidade brasileira.
O Movimento não deve ser visto apenas do ponto de vista artístico, como recomendam os historiadores e críticos especializados em história da literatura brasileira, mas também como um movimento político e social. O país estava dividido entre o rural e o urbano. Mas o bloco urbano não era homogêneo. As principais cidades brasileiras, em particular São Paulo, conheciam uma rápida transformação como conseqüência do processo industrial. A primeira Guerra Mundial foi a responsável pelo primeiro surto de industrialização e conseqüente urbanização. O Brasil contava com 3.358 indústrias em 1907. Em 1920, esse número pulou para 13.336. Isso significou o surgimento de uma burguesia industrial cada dia mais forte, mas marginalizada pela política econômica do governo federal, voltada para a produção e exportação do café.
Imigrantes - Ao lado disso, o número de imigrantes europeus crescia consideravelmente, especialmente os italianos, distribuindo-se entre as zonas produtoras de café e as zonas urbanas, onde estavam as indústrias. De 1903 a 1914, o Brasil recebeu nada menos que 1,5 milhão de imigrantes. Nos centros urbanos criou-se uma faixa considerável de população espremida pelos barões do café e pela alta burguesia, de um lado, e pelo operariado, de outro. Surge a pequena burguesia, formada por funcionários públicos, comerciantes, profissionais liberais e militares, entre outros, criando u’a massa politicamente "barulhenta" e reivindicatória.
A falta de homogeneidade no bloco urbano tem origem em alguns aspectos do comportamento do operariado. Os imigrantes de origem européia trazem suas experiências de luta de classes. Em geral esses trabalhadores eram anarquistas e suas ações resultavam, quase sempre, em greves e tensões sociais de toda sorte, entre 1905 e 1917. Um ano depois, quando ocorreu a Revolução Russa, os artigos na imprensa a esse respeito tornaram-se cada vez mais comuns. O Partido Comunista seria fundado em 1922. Desde então, ocorreria o declínio da influência anarquista no movimento operário.
Desta forma, circulavam pela cidade de São Paulo, numa mesma calçada, um barão do café, um operário anarquista, um padre, um burguês, um nordestino, um professor, um negro, um comerciante, um advogado, um militar, etc., formando, de fato, uma "paulicéia desvairada" (título de célebre obra de Mário de Andrade). Esse desfile inusitado e variado de tipos humanos serviu de palco ideal para a realização de um evento que mostrasse uma arte inovadora a romper com as velhas estruturas literárias vigentes no país.

Professora: Dione Bezerra
Se amas alguém de verdade,
E não és correspondida,
Não guardes dele saudades,
Que terás outro na vida.
E não faças realidade,
Do que foi ilusão perdida,
Dele terás amizade,
De outro serás querida.
O futuro uma esperança,
O presente realidade,
O passado uma lembrança,
Que nem sempre é saudade.
Eu ñ gosto do passado,
Queria só ter presente,
Passado só serve mesmo,
Pra dar saudades ou tristezas na gente.
Dione, pra que você nunca lembre de me esquecer, pois conhecer você foi a melhor coisa que me aconteceu nos últimos tempos, obrigado por você existir. ADORO VOCÊ
pronto tenho dito
agora é com vc.

(Autor: Desconhecido)
Prezados amigos, alunos, colegas.
Recebi este poema, mas não sei quem é o autor, nunca o vi e não sei seu nome.